PSD responsabiliza maioria pelos Programas apresentados

27 de abril de 2016
PSD

Maria Luís Albuquerque implicou hoje PCP e BE em futuros "planos B, C ou D", dizendo que aqueles partidos não podem "tirar o cavalinho da chuva" dos Programas de Estabilidade e de Reformas.

"Não vale a pena o PCP tentar tirar o cavalinho da chuva. Todos nesta maioria, PS, PCP e Bloco, são responsáveis por este Programa de Estabilidade, por este Programa Nacional de Reformas e por todas as consequências que terão para o país", afirmou a vice-presidente do PSD, no parlamento.

Na discussão em plenário do Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas, a social-democrata defendeu que não vale a pena PCP e BE dizerem "que só concordam com o que não está lá, porque os portugueses não deixarão de perceber a quem cabe a responsabilidade pelo que vier a estar nos planos B, C ou D que serão forçados a pôr em prática para anular os efeitos da irresponsabilidade orçamental".

Maria Luís Albuquerque defendeu que o Programa de Estabilidade é "irrealista nas projeções e vazio nas medidas" e o Programa Nacional de Reformas "simplesmente não contém reformas". "Não é possível descortinar uma única reforma de fundo capaz de melhorar a capacidade de crescimento da economia, de criar a riqueza que a cada passo afirmam querer distribuir. O que evidencia são profundas inconsistências entre as ‘promessas' que inclui e os objetivos do Programa de Estabilidade", argumentou.

A vice-presidente do PSD ilustrou com os funcionários públicos, afirmando que no Programa de Estabilidade sofrem "uma redução acentuada" e no Programa Nacional de Reformas é anunciada "a contratação de milhares de funcionários públicos na saúde, na investigação, na saúde, na investigação, na educação".

A deputada social-democrata sublinhou ainda que o Programa de Estabilidade não inclui o efeito das reformas a concretizar pelo Governo. "O próprio Conselho das Finanças Públicas afirma não ter conseguido obter essa informação. A UTAO realça também a falta de informação sobre a natureza e impacto das medidas de consolidação contra cíclicas, não incluídas no programa de estabilidade, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores. Porque será, senhores deputados?", questionou.

"Prefere o primeiro-ministro vir a apresentar as medidas como tendo sido impostas por Bruxelas? Prepara-se para dizer aos portugueses que não queria, mas que foi obrigado? Isto só demonstra falta de convicções e de princípios", declarou.