PSD considera que Programa de Estabilidade é irrealista

22 de abril de 2016
PSD

O Presidente do PSD afirmou hoje que o Programa de Estabilidade é uma mistificação e que não atende aos pressupostos da realidade em que Portugal se encontra. Durante uma visita à Ovibeja, Pedro Passos Coelho afirmou ainda que "o Programa de Estabilidade não propõe uma estratégia consistente com os objetivos estabelecidos, o que não vai dar bons resultados”.

"Nós precisávamos nesta altura de ter uma segunda geração de reformas estruturais na economia portuguesa, não estão lá, precisávamos de ter uma reforma do Estado, precisávamos de libertar o potencial de crescimento da economia portuguesa e o Estado ainda pesa muito nesse processo, essa estratégia não está lá", declarou o líder social-democrata.

Questionado pelos jornalistas sobre como o PSD votará os programas caso a votação venha a acontecer no parlamento, Pedro Passos Coelho disse que "do nosso lado, não daremos, com certeza, o apoio nem a um Programa de Estabilidade irrealista, nem a Programa Nacional de Reformas, que, apesar de ter medidas com as quais concordamos, não traduz uma estratégia de futuro para o país". "Portando, se o Governo entender submeter à votação do parlamento estes documentos, nós não daremos o nosso apoio, porque não concordamos com eles" e "se outro partido qualquer tencionar provocar essa votação - nós não iremos provocar - seremos consistentes com esta nossa avaliação".

Sobre o futuro, o Presidente do PSD afirmou que é "é importante poder trabalhar, construtivamente, de uma forma coletiva para termos um futuro melhor". “Não temos de nos conformar com o que temos. Julgo que os portugueses hoje têm razões para ter uma perspetiva mais positiva sobre o futuro, do que existiu em tempos de maiores dificuldades agora podemos olhar para o futuro de outra maneira", defendeu.