#OE2017: “É o orçamento do eleitoralismo, populismo e da falta de vergonha”

29 de novembro de 2016
PSD

O PSD considera que o atual executivo é "um verdadeiro Governo de unidade das esquerdas", sublinhando que os "arrufos" entre PS, PCP e BE nada mais são do que "manobras de diversão e engodos para confundir os mais distraídos".

"Neste orçamento nem tudo é mau, este orçamento tem apesar de tudo uma virtude política, não é no seu conteúdo, mas tem uma virtude política: a de pôr fim, de uma vez por todas, a uma farsa e a de demonstrar de uma vez por todas que nós não temos em Portugal um executivo do PS, temos um verdadeiro Governo de unidade das esquerda", disse José Matos Correia, Deputado Social-democrata e Presidente do Conselho Estratégico do PSD.

Acrescentou também que, as atitudes de pretensa autonomia que PCP e BE ensaiam face aos socialistas, não passam de "manobras de diversão e de engodos" para confundir os mais distraídos.

"No fundo não são mais do que arrufos de namorados que visam, quiçá, apimentar a relação", referiu.

José Matos Correia também referiu que o Orçamento do Estado para 2017 demonstra que “o Governo não está disposto a aprender com os erros e prepara-se para aprovar um documento sem qualquer estratégia para o crescimento da economia e do emprego, que aprofunda a injustiça e promove desigualdades na sociedade portuguesa, com o aumento de impostos indirectos.”

“Este é um Orçamento que não aponta uma única linha séria e credível de promoção de exportações e de atração de investimento estrangeiro. É um Orçamento que passa completamente ao lado da necessidade de prosseguir o esforço reformista indispensável aos sectores estratégicos da economia portuguesa”, disse.

O Orçamento do Estado para 2017 é "especialmente perverso" num ponto, nomeadamente no aumento extraordinário das pensões para agosto. José Matos Correia lembrou que as Eleições Autárquicas se realizarão entre setembro e outubro. Por isso “a maioria adia o aumento extraordinário das pensões para o mês de agosto”:

"Não há dinheiro em janeiro, mas ele aparece subitamente dois meses antes das autárquicas, o que querem fazer com esta medida chama-se eleitoralismo, chama-se oportunismo, chama-se sobretudo falta de vergonha", afirmou.

O PSD apresentou 45 propostas para o Orçamento do Estado para 2017. Queremos criar mais e melhor emprego, queremos valorizar os territórios mais desfavorecidos e queremos um sistema Público de Segurança Social com futuro.

O PS recusou associar-se às propostas do PSD. O Partido Social Democrata lamenta que, com a aprovação deste Orçamento do Estado, o futuro de Portugal e dos portugueses seja posto em causa.