Governo fragiliza Serviço Nacional de Saúde

11 de janeiro de 2017
PSD

As dívidas no setor da saúde não param de aumentar. Entre janeiro e novembro de 2016, os pagamentos em atraso do Estado português neste setor cresceram ao ritmo de 27,2 milhões de euros por mês. Os pagamentos em atraso dos hospitais EPE (entidades públicas empresariais) aumentaram 299 milhões de euros nos primeiros onze meses do ano passado.

A indústria farmacêutica, empresas de medicamentos e de diagnóstico “in vitro” reivindicam ao Estado créditos de 926 milhões de euros (ver gráfico). A Direção-Geral do Orçamento revela também que o Estado está ainda em falta com 381 milhões de euros às empresas de dispositivos médicos.

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde, até outubro de 2016, a dívida global do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores atingia os 1750 milhões de euros. Um valor 15% superior do que o registado no ano de 2015.

Com o atual Governo, a tendência para o crescimento da dívida está a acentuar-se e o défice do Serviço Nacional de Saúde (SNS) agravou-se em 50%.

Em 2012, o Governo de Pedro Passos Coelho transferiu mais de dois mil milhões de euros para regularizar uma parte significativa das dívidas deixadas pelos executivos socialistas (que ascendiam aos 3200 milhões de euros).