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No seu agendamento potestativo, o PSD levou a plenário a necessidade de apostar no emprego qualificado e no crescimento da economia. Emídio Guerreiro alertou para o “défice enorme de quadros qualificados” vigente e defendeu que se deve “aprofundar a ligação entre a Ciência, as universidades, os politécnicos e as empresas”. É de futuro, pois, que também se trata
“Este é o tempo de tomar decisões para o futuro”, alertou esta quinta-feira o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Emídio Guerreiro. “É tempo de mais ambição”, insistiu num claro desafio lançado a esta solução governativa, a propósito do agendamento potestativo social-democrata cujo mote foi “mais emprego e mais economia”.
O social-democrata assinalou que os resultados alcançados pela economia portuguesa “são positivos”. Contudo, defendeu que “não podem levar à euforia conforme temos visto”, já que “a maioria dos países europeus cresce bem mais” do que Portugal. Recordando a “última década” e o esforço desenvolvido aquando do governo anterior (“que deu frutos”), levou a plenário o relatório de conjuntura económica de 2017, segundo o qual “o atual crescimento assenta, sobretudo, nas exportações e menos no consumo ou no investimento”.
Emídio Guerreiro explicou, assim, que “são as nossas empresas e os seus trabalhadores que têm conquistado novos mercados e ‘puxado’ pelo País” e referiu que, além deste desempenho, há uma “conjuntura externa altamente favorável”. “Insisto, 17 países da União Europeia crescem mais do que Portugal”, salientou para, logo, referir que “o bom momento e a conjuntura favorável são oportunidades para olhar para o futuro com outros olhos”. Lembrou aos vários deputados que “as próprias previsões do Governo vão no sentido da diminuição do crescimento para 2018 e 2019”.
O vice-presidente apontou o desafio para o País: “crescer rumo à média europeia para proporcionar melhores índices de bem-estar aos portugueses”. Lançou, por isso, várias perguntas: “onde queremos ver Portugal dentro de 10 anos? Na média europeia? Com empregos qualificados e bem remunerados?”. “Estaremos a desenhar o rumo certo para este fim?”, continuou para, logo, referir ter dúvidas de que esse caminho esteja a ser traçado.
Para o PSD importa “alcançar um crescimento económico sustentável que passa pela aposta no emprego qualificado”. Por isso, Emídio Guerreiro alertou que é preciso “fomentar a qualificação para a empregabilidade” e que “a formação técnica e profissional tem de estar correlacionada com as necessidades do tecido empresarial”. Foi claro ao afirmar que “só assim teremos mais emprego, e mais bem pago” e recordou que “importa aprofundar a ligação entre a Ciência, as universidades, os politécnicos e as empresas”.
Ao apresentar os anseios social-democratas, e que passam por ter “um País que propicie às novas gerações todas as oportunidades que lhes permitam desenvolver as suas potencialidades”, o vice-presidente da bancada apontou: “o que temos visto não aponta para esse caminho”. Deu como exemplo testemunhos dos próprios empresários que indicam que “há um défice enorme de quadros qualificados”.
Ao afirmar que “a educação e a formação profissional não são capazes de responder aos desafios da economia”, questionou: “se hoje já não respondemos ao crescimento da economia, como o faremos dentro de 10 anos, em que existirão novas e exigentes profissões?”. Segundo Emídio Guerreiro, “a dinâmica dos novos tempos exige um permanente espírito reformista”, o qual surge como essencial para a construção, “em bases sólidas, do futuro das novas gerações”.