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O PSD desafiou este sábado o primeiro-ministro a cancelar a sessão de perguntas feitas por cidadãos pagos, prevista para domingo no Conselho de Ministros extraordinário, que considerou “imoral, indigna e de uma ligeireza total”.
“Lanço um desafio muito direto ao primeiro-ministro e que deve ter uma resposta muito prática: que cancele esta sessão, esta encenação vergonhosa”, declarou Luís Montenegro.
O deputado social-democrata sublinhou que está em causa “uma reunião formal de um órgão de soberania, não uma ação partidária ou de alguma associação”.
A sessão é “imoral, porque se está a condicionar, para não dizer comprar, a opinião pública; indigna, porque envolve a realização de um Conselho de Ministros nesta operação, e de uma ligeireza total, porque o Governo assume que os contribuintes pagam”.
Luís Montenegro disse acreditar que o executivo socialista vai “ter a sobriedade e a decência de não condescender com a realização desta sessão”. Mas, caso o Governo a mantenha, “o país fica ainda mais elucidado sobre o que são as intenções destes governantes, que preferem manter este teatro mediatizado”.
Este tipo de atuação “é uma forma de estar que já não é nova” e “deve ser inspirada na universidade do engenheiro Sócrates, de que António Costa era discípulo, que contratava meninos para mostrar computadores”.
Já no atual executivo, quando ocorreram os incêndios de Pedrógão Grande, em junho, o primeiro-ministro “em vez de estar preocupado” com a situação, “criou um ‘focus group’” para avaliar a popularidade, afirmou Luís Montenegro.