Últimas notícias
O vice-presidente do PSD salientou à RTP3 a necessidade de um “estudo atempado” que resulte num programa eleitoral credível. Destacou que o diálogo iniciado com o Governo, a propósito dos fundos europeus e da descentralização, tem em vista o interesse nacional. Abordou, ainda, a necessidade de melhorar setores como os da Saúde, Educação ou Economia e esclareceu que o PSD “só tem um adversário nas próximas eleições: o Partido Socialista”
“O Dr. Rui Rio toma posse e as pessoas esperam que tenha [já] soluções para tudo”, disse Castro Almeida para logo explicar, em declarações à RTP 3, que o objetivo do PSD é “construir um programa eleitoral credível e sério”, o qual exige um “estudo atempado” que passa, também, pelo Conselho Estratégico Nacional anunciado na passada quarta-feira.
“O nosso trabalho do próximo ano é convencer os portugueses de que não podem baixar o patamar da ambição a este nível que temos hoje”, afirmou o vice-presidente do PSD, depois de ter salientando que Portugal está a “crescer muito abaixo” da maioria dos países da União Europeia. “O Governo pinta tudo como se estivesse fantástico”, denunciou, acrescentando que “Portugal não está óptimo”, pelo que há “muito a melhorar”, por exemplo, na Economia ou na área social. E foi claro ao dizer que o PSD não tem nenhum acordo com a atual solução governativa “para ficar calado quando o Governo faz o que faz na área da Saúde ou Educação”.
Questionado sobre o diálogo iniciado com o Governo sobre fundos europeus e descentralização, Castro Almeida recordou que o entendimento é importante, pois “Portugal ganha com isto”. Quis, por isso, clarificar “algumas confusões”: “não há que ter medo, nem vergonha de defender o interesse nacional”. Lembrou que Portugal negociará com Bruxelas um pacote de fundos europeus (“que pode ser maior ou menor”) para, logo, perguntar: “qual é a obrigação do principal partido da oposição?”. E respondeu: “o PSD quer conversar com o Governo, alinhar argumentos e posições”. Referiu-se a esse argumentário como importante para que o Executivo consiga “trazer para Portugal o maior volume de fundos possível”. Esclareceu, ainda, que as negociações estão a decorrer com “o Governo de Portugal, não é com o PS”.
Castro Almeida afirmou que “o PSD só tem um adversário nas próximas eleições: o Partido Socialista”. “Isto tem de ficar claro”, insistiu. Questionado sobre o CDS, disse tratar-se de “um partido amigo”. “O CDS veio dizer neste congresso que tem uma grande vontade de crescer e nós saudamos, efusivamente, essa vontade”, continuou. “A ambição que temos [PSD] é de ganhar as eleições e, com o CDS, podermos ter 116 deputados que deem a maioria na Assembleia da República” e, assim, “afastar o governo do PS e a geringonça”, destacou.