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“Não será surpresa para ninguém que o PSD não esteja disponível para dar qualquer tipo de apoio à atuação do Governo”, afirmou o deputado José Matos Correia, revelando que, amanhã, o grupo parlamentar social-democrata irá apreciar a moção de censura apresentada pelo CDS-PP.
A ação do atual Executivo “tem sido marcada por uma violação básica das suas responsabilidades fundamentais”, pelo “falhanço absoluto no exercício das suas funções”, assim como pela “passividade e incompetência”, afirmou José Matos Correia. O deputado deixou bem claro que “este Governo não esteve à altura” do País e que “os portugueses mereciam que tivesse respondido de outra maneira”.
Esclarecendo que os social-democratas não têm ainda conhecimento do texto que acompanhará a referida moção de censura, José Matos Correia salientou que “a indignação do PSD não é menor”. Lembrou que “há quatro meses” que “temos tentado que os erros cometidos fossem corrigidos e o ressarcimento às vítimas fosse feito”. Deu como exemplo, das medidas tomadas, a proposta de criação da Comissão Técnica Independente (“cujo relatório final não deixou dúvidas quanto às responsabilidades também do Governo na tragédia de Pedrógão Grande”), assim como a “proposta para que fossem pagas indemnizações, de uma forma muito célere, e que a maioria de esquerda reprovou” (ver mais aqui).
José Matos Correia justificou o motivo pelo qual “o PSD entendeu não apresentar uma moção de censura”. “Em política, há várias formas de reagir a inações e incompetências do Governo, já o fizemos e continuaremos a fazer pelos diferentes meios que temos ao dispor”, disse. “Por outro lado, cada partido tem a sua maneira de agir e a sua história, não é tradição no PSD apresentar moções de censura aos governos”, acrescentou, referindo que os social-democratas manter-se-ão “fiéis a essa tradição”.