Parlamento aprova requerimento do PSD para ouvir secretário de Estado sobre exploração de lítio

13 de novembro de 2019
Grupo Parlamentar

Os deputados da comissão parlamentar de Ambiente aprovaram, esta terça-feira, o requerimento do PSD para a audição do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, sobre os contratos para a exploração de lítio em Montalegre, distrito de Vila Real.

Recorde-se que durante a discussão do programa do Governo, o Presidente do PSD questionou o Primeiro-Ministro sobre a trapalhada na concessão do lítio em Montalegre. “Todos vimos as notícias sobre a exploração de lítio no Norte de Portugal e a concessão a uma empresa que tinha três dias, tinha sede numa freguesia do PS, constituída com 50 mil euros para um negócio de 350 milhões de euros, e concessionou sem estudo de impacto ambiental. A minha questão em relação a esta promoção de João Galamba é se está em condições de dizer a esta Câmara e ao País, que no plano legal político e ético o Secretário de Estado agiu bem? Sem qualquer mácula?”, interpelou Rui Rio, não obtendo qualquer explicação do chefe de Governo.

Por sua vez, o ministro do Ambiente e da Ação Climática vai também ser ouvido na Assembleia da República sobre a exploração de lítio e a gestão de biorresíduos. Os deputados aprovaram a ida de Matos Fernandes à Assembleia da República, na sequência das propostas dos deputados, nomeadamente uma iniciativa do grupo parlamentar do PSD.

Os deputados da comissão parlamentar de Ambiente aprovaram ainda os requerimentos para a audição do ex-secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde das Neves, e do presidente da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), Orlando Borges. Neste requerimento, o PSD defende “o cabal esclarecimento” da atribuição à EGF, do Grupo Mota-Engil, da recolha seletiva de resíduos orgânicos, acabando o Governo por revogar a decisão que, desde o início, mereceu parecer negativo do Conselho Consultivo da PGR e a discordância do regulador. O despacho do Executivo (despacho n.º 7290-B/2019, de 16 de agosto) está a ser investigado Ministério Público.