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De acordo com Cláudia Bento, apesar de o Orçamento do Estado para 2019 prever a contratação de intérpretes de língua gestual para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal não foi concretizado. “Em 2020 o Orçamento do Estado voltou a contemplar norma idêntica, propondo novamente a contratação de 25 intérpretes de língua gestual para o SNS. Entretanto, estamos quase a meio do ano e o País está outra vez a aguardar que o Governo faça o que não fez no último ano e meio, ou seja, que vá ao encontro do solicitado na Petição e cumpra o que o Orçamento do Estado, pela segunda vez, lhe determina.”
No debate da Petição que solicita a contratação de intérpretes de Língua Gestual Portuguesa para o SNS, a social-democrata declarou que estando a língua gestual reconhecida na Constituição como expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades, “não se concebe que as instituições públicas não ofereçam, às pessoas surdas, intérpretes ou profissionais capazes de comunicarem com elas. Não adaptar os serviços às necessidades dos grupos minoritários é um fator de exclusão social.”
Cláudia Bento lembra que a contratação desses intérpretes melhorará indiscutivelmente a acessibilidade da Comunidade Surda aos serviços de saúde, aumentará a qualidade dos serviços prestados e contribuirá certamente para um atendimento mais humanizado dos utentes do Serviço Nacional de Saúde. “A Língua Gestual Portuguesa deve ser reconhecida e dignificada pelo seu real estatuto enquanto língua da Comunidade Surda, a qual permite o acesso à informação, à comunicação e à educação”, refere a deputada.
https://youtu.be/iR6pZaVexi8
