TSU: Aliados da esquerda tiraram o tapete ao Governo

19 de janeiro de 2017
PSD

Na questão da Taxa Social Única (TSU), quem apostou na política de encenação, de provocação e de inversão das regras da democracia, pedindo o apoio desesperado do PSD, quando os "aliados" da atual maioria de esquerda se começaram a demarcar do acordo de concertação social, foi o Governo. 
Após uma reunião com a delegação da UGT, na sede nacional do PSD, o vice-presidente Marco António Costa atribuiu ao Executivo a responsabilidade de estar a alimentar a conflitualidade política: "É uma inversão absoluta das regras da democracia. Consideramos que é uma provocação o que o Governo está a fazer e está a tentar alimentar artificialmente esta situação para gerar um ambiente de conflitualidade política na sociedade portuguesa".
O problema foi criado, porque o Executivo não reuniu os apoios dos seus tradicionais parceiros de coligação, persistindo mesmo assim em assinar um acordo cujas condições sabia que não estavam garantidas. 
"O Governo não reuniu as condições indispensáveis de ter o apoio dos seus aliados políticos para poder caucionar o que prometeu em sede de concertação social", sublinhou o vice-presidente, reiterando que o PSD mantém o sentido de voto contra a redução da TSU, por razões políticas e de substância. 
“Os aliados do Governo tiraram o tapete ao Governo e agora exigem à oposição que faça de aliado do Governo. Isto é uma perversão absoluta”, insistiu o vice-presidente do PSD.
Marco António Costa lembrou que o Governo PS, liderado por António Costa, se formou depois de ter "derrubado" um executivo PSD/CDS no parlamento com a promessa de uma maioria "estável, duradoura e consistente".
"Foi com isso que se comprometeu o doutor António Costa, é isto que tem de cumprir", disse.
O vice-presidente referiu ainda que o PSD aceitou no passado a redução da TSU como medida "transitória e excecional": "De uma forma geral, os portugueses compreendem a nossa argumentação: não somos nem o partido dos patrões, nem o partido dos trabalhadores, somos o partido dos portugueses. Não nos revemos é neste modelo de concertação social baseada numa chantagem", apontou.
Marco António Costa classificou a reunião desta manhã de “muito produtiva” e revelou ter registado a "compreensão" por parte da UGT quanto às posições do PSD.