“Só o Governo liderado pelo PSD cortou nas rendas da energia”

3 de junho de 2017
PSD

Pedro Passos Coelho desafia Governo a emitir dívida a 15 anos

Descentralização deve promover um trabalho entre comunidades intermunicipais

 

 

No que diz respeito a rendas da energia, só houve um governo que cortou 4 mil milhões, e quase metade desse valor recaiu sobre a EDP”, afirmou hoje Pedro Passos Coelho, referindo-se ao trabalho feito durante o seu governo.

 

O líder da oposição referia-se assim aos contratos de aquisição de energia que foram transformados em contratos com o Estado para garantir um preço de estabilidade ao operador. Estes contratos não foram feitos pelo governo liderado pelo PSD, por isso, tal como afirmou, “poupem-nos a esta conversa cínica perante o único governo que fez algo pelas rendas da energia. Tenham decoro na discussão e não atirem areia para os olhos das pessoas.

 

Tal como reiterou, esta situação faz lembrar as parcerias público-privadas com as rodoviárias, “que tinham valido 20 mil milhões de euros, e que coube ao PSD, que os herdou no Executivo, reduzi-las em mais de 5 mil milhões de euros, ao valor da época.”

 

É preciso haver preocupação com o rigor. Não se pode deixar a conversa pela metade em vez de contar uma história com princípio, meio e fim. É preciso melhorar o debate político e a qualidade da discussão, e as questões têm de ser tratadas com a importância que merecem”, disse.

 

Tal como sério têm de ser o debate sobre a retirada de três paraísos fiscais da lista negra, assunto sobre o qual o PSD não permitirá que não sejam dadas explicações.

 

Portugal precisa de emitir dívida a mais longo prazo, para maior confiança

 

O presidente do PSD afirmou hoje que uma boa maneira de transmitir confiança para futuro às agências de rating para reverem a notação se Portugal seria emitir dívida num prazo mais alargado, por exemplo, a 15 anos.

 

Numa altura em que a dívida nunca foi tão alta, estando agora nos 247 mil milhões de euros, Pedro Passos Coelho referiu que o objetivo seria “substituir dívida mais cara por dívida mais barata, com mais tempo para ser paga. Ao emitir a mais longo prazo, daríamos mais confiança aos mercados, poupando dinheiro para futuro, que serviria para recomprar dívida portuguesa, ajudando a baixar o custo da dívida”.

 

Assim, seria uma boa maneira de “em vez de se lastimar porque o rating não baixa, o Governo fizesse algo para transmitir confiança” para as agências reverem a notação de Portugal.

 

O Governo demorou também tempo a perceber que havia vantagem em antecipar pagamento de dívida ao FMI. Só alteram a sua posição no fim do ano passado, quando perceberam que o dinheiro não ia para a Caixa Geral de Depósitos. Se em 2016 tivessem seguido o nosso caminho e pago ao FMI, se calhar os juros da dívida já tinham melhorado antes”, disse.

 

 

Autarcas do PSD estão determinados em lutar por um futuro melhor

 

Em ano de eleições autárquicas, para o PSD seria crucial que o processo de descentralização já estivesse consolidado, para que os eleitos soubessem com o que contar.

 

Afinal, os autarcas são a primeira linha no contacto com as pessoas, pois “nada define o poder local como a aproximação às pessoas, aos seus anseios e problemas. São elas o coração da vida política local”.

 

É no plano autárquico que se consegue, com “determinação, uma resposta completa para as necessidades das pessoas. Se observamos o contributo do poder local para o progresso, vemos que o temos à nossa frente pode depender da mutação para a política local, aliada ao uso das novas tecnologias”.

 

Para o Presidente do PSD, o futuro passa por dar uma resposta completa, ou seja, “quando se fala de descentralização, é preciso reforçar a base, que são as câmaras municipais e os municípios. Mas os municípios devem ter capacidade para estar em contacto com as comunidades intermunicipais, para atrair mais investimento e empreendedores, acrescentando soluções. São precisas visões ambiciosas, que envolvam vários concelhos”.

 

O PSD sabe que tem bons candidatos e está bem preparado. “Temos um desafio grande, mas é isso que nos pode fazer crescer mais. Vamos dar luta e por boas razões, não por vaidade dos nossos candidatos, mas porque sabemos que podemos oferecer uma perspetiva diferente para futuro”, afirmou Pedro Passos Coelho.