Pedrógão Grande: PSD estabelece prazo de dois meses para a apresentação dos resultados da comissão técnica

23 de junho de 2017
PSD

Luís Montenegro, líder da bancada parlamentar do PSD, explica qual é o intento da comissão técnica independente sobre a resposta ao incêndio em Pedrógão Grande.

Os sociais democratas explicam que esta comissão tem como objetivo dar resposta ao que correu mal no fatídico incêndio em Pedrogão Grande, e acrescentam que a mesma não poderá ser constituída por qualquer elemento que tenha estado ligado às estruturas que estiveram no terreno.

A comissão de técnico proposta pelo PSD já reuniu consensos do PS e CDS-PP e, segundo Luís Montenegro, “O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já nos comunicou que não porá obstáculos à criação desta comissão técnica independente”. O líder parlamentar do PSD acrescentou, ainda, que “Apresentámos a ideia sem fechar o tipo de modelo ou formato que pudesse vir a ser um foco de divergência”. Deste modo, estão reunidas condições para dar seguimento à proposta dos sociais democratas. Luís Montenegro sublinha que o facto de a comissão ser isenta de quaisquer estruturas envolvidas no terreno se prende com a necessidade de “escrutinar precisamente o funcionamento de todos os mecanismos de socorro e de todas as questões de operacionalidade”.

A ideia base prevê que cada grupo parlamentar possa dar indicações de “uma ou duas pessoas”.  Na próxima conferência de líderes será aprofundado um modelo que, posteriormente, será discutido com os restantes partidos.

Quando questionado se haverá uma comissão constituída por especialistas nas diversas áreas, o líder da bancada parlamentar respondeu “estamos concentrados em poder escrutinar e avaliar tudo o que se prende com as operações que decorreram desde que deflagrou o incêndio no sábado até ao seu controlo efectivo porque sabemos e temos notícia de que muita coisa não correu bem. Tanto não correu bem que as suas consequências foram muito mais trágicas do que aquelas que acontecem todos os anos”. Neste sentido, segundo os sociais democratas, a Assembleia da República deve promover a constituição da comissão.

Por último, Luís Montenegro frisou “não estamos fora de toda a reflexão e decisão que se possa fazer sobre a gestão florestal. Aliás, fizemos um trabalho muito profundo na última que produziu conclusões muito concretas a esse respeito. Nós queremos focar-nos na resposta a dar às várias inquietações que todos sentimos, quando olhamos para aquilo que aconteceu. Qualquer um de nós espera do Estado uma resposta que infelizmente as vítimas não obtiveram.