Pedrógão Grande: O Estado falhou e continua a falhar

26 de junho de 2017
PSD

“É o apoio solidário da sociedade civil que se está a fazer sentir e não o do Estado”, afirma Pedro Passos Coelho

 

Após visitar a área afetada pela tragédia de Pedrógão Grande, no Distrito de Leiria, o Presidente do PSD declarou que o Estado falhou e continua a falhar, tanto no apuramento da verdade como no apoio aos familiares das vítimas e populações desalojadas, nomeadamente no apoio psicológico.

 

“Não precisamos de aguardar por nenhum estudo, avaliação ou auditoria para saber que o Estado falhou. E, dez dias depois, ainda está a falhar”, afirmou Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas, após visita ao Quartel de Bombeiros de Castanheira de Pera.

 

Infelizmente, conforme Pedro Passos Coelho constatou esta manhã, “é o apoio solidário da sociedade civil  que se está a fazer sentir e não o apoio do Estado”. “Naquilo que é mais fundamental– garantir a segurança das pessoas – o Estado falhou”, acusou.

 

O Presidente do PSD realçou também a necessidade de o Governo avançar com “um mecanismo relativamente às vítimas à guarda do Estado”, que morreram em “vias públicas”, sobretudo na estrada nacional 236-1, no dia 17 de junho, onde 47 pessoas perderam vida. Na sua opinião poderá o executivo de António Costa aprovar um conjunto de medidas urgentes, tal como já aconteceu no passado em relação à calamidade da queda da ponte de Entre-os-Rios, em que morreram mais de 50 pessoas. Mas, no entanto, desta vez terá de ser um “mecanismo mais robusto”, através de um decreto-lei. Caso  o Executivo de António Costa não o faça, o PSD “não deixará de as recomendar” na Assembleia da República ou de tomar uma “iniciativa legislativa” com esse objetivo.

 

Cabe a este Executivo “evitar que as famílias das vítimas tenham de demandar o Estado em tribunal” a fim de serem indemnizadas.