Pedrógão Grande: “O dia de assumir responsabilidades chegará”

25 de junho de 2017
PSD

 “Temos de ter uma resposta e os Partidos têm a obrigação de dizer que o Estado não deixará de ter uma palavra e uma ação de reparação

Descentralização: Presidente do PSD acusa Governo de andar “um ano e meio a marcar passo e a empurrar com a barriga

 

No dia em que retomou a agenda pública partidária, que havia sido cancelada aquando da tragédia de Pedrógão Grande, o presidente do PSD afirmou que “estamos cá para garantir que uma resposta será dada para que se saiba o que aconteceu, e para que o Estado, que não esteve onde é preciso, esteja agora presente na reparação que é devida.”

 “Sabemos que alguma coisa não funcionou no Estado na resposta que era preciso dar em situações de emergência. Quem tem cargos públicos tem de estar sempre disponível para servir, mas também para assumir responsabilidade pela resposta que tem de ser dada. As pessoas confiam que o Governo, as autarquias e as instituições possam estar presentes e dar resposta quando o mais desafiante nos bate à porta”, disse.

Tal como Pedro Passos Coelho afirmou, “o dia de assumir responsabilidades chegará. E hoje sabemos que algo não correu bem para acontecer o que aconteceu. Na altura, como agora, disse que não devíamos desdramatizar”.  

No entanto, para o líder da oposição, “devemos sempre uma explicação e devemos sempre uma reparação, independentemente de quem ocupa os lugares. O respeito perante os portugueses leva-nos a dizer que não esqueceremos o papel que o Estado deve exercer, dando explicações e acudindo agora às pessoas sem passarem por um caminho tortuoso.” 

Agora, “não vale a pena acenar com caças as bruxas, nem querer sacudir a água do capote, nem desdramatizar. Temos de ter uma resposta efetiva e os partidos têm a obrigação de dizer que o Estado não deixará de ter uma palavra e uma ação consequente de reparação sobre o que se passou”.

                                                                                                        

Descentralização: Governo não esclarece os meios necessários

Na apresentação dos candidatos autárquicos à Maia, o Presidente do PSD salientou a importância de se concretizar uma efetiva descentralização.

Agora que se inicia um novo ciclo autárquico, é uma “pena não o iniciarmos num novo quadro de competências. O Governo andou um ano a marcar passo e a empurrar com a barriga. Agora, querem fechar este processo à pressa, mas esqueceram-se de trazer à discussão os meios para que se concretizasse. É pena que se tenha perdido tempo, mas que não se perca a oportunidade de concretizar essa mudança”.

 “Iniciamos sempre um ciclo novo com uma disponibilidade total para servir, mas sobretudo para fazer aquilo que devemos fazer. É preciso elencar os problemas, ver o que não realizamos, o que correu menos bem e as novas coisas que precisam de ser trazidas para debate”, disse. O que é necessário, é uma “avaliação do que ficou para traz e uma janela para futuro”.

E os autarcas estão preparados para um futuro com mais competências, que permita gerar mais emprego em cada concelho e região, com novas dinâmicas, gerando mais rendimento: “é possível fazer a diferença ao nível local”, disse.

O PSD tem procurado fazer uma escolha que se insira no motivo principal: “servir de forma íntegra e absoluta as comunidades que nos devem eleger. A razão de ser dos autarcas e dos políticos só pode ser servir inteiramente aqueles cujo voto pedimos”.

 “A política é feita por pessoas. As ideias são muito importantes, mas as pessoas são essenciais. Estamos a tratar do futuro”, assegurou Pedro Passos Coelho.