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Assiste-se a “uma tendência muito preocupante de degradação” do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que é visível, por exemplo, na qualidade e nos “diferentes níveis de acesso [aos cuidados de saúde] conforme as regiões em que as pessoas vivem”. Este foi um dos aspectos salientados por Miguel Santos, depois da reunião do PSD com a Ordem dos Médicos esta sexta-feira. E, destacou: “não se conseguem enumerar reformas no SNS” executadas pelo Governo.
Segundo o deputado, há uma “degradação financeira do SNS que, depois, tem consequências gravíssimas no acesso a medicamentos e a cuidados”. A preocupação do PSD tem que ver com o facto de, “comprovadamente, este ministro não ter capacidade para inverter esta tendência criada há um ano”.
Governo PSD/CDS: “houve sempre uma discriminação positiva”
Miguel Santos lembrou que “houve sempre uma discriminação positiva”, nas medidas adoptadas pelo executivo liderado pelo PSD, “inclusive no financeiro”. Referiu-se ao “discurso político, repetido até à exaustão, dos cortes e do desmantelamento”, apanágio dos partidos que estavam na oposição, para comentar que, hoje, “a conversa é outra, mas a prática é bastante pior”.
Miguel Santos alertou, uma vez mais, para uma reforma dos “cuidados hospitalares estagnada” e para a incapacidade da tutela em “assumir as suas responsabilidade e em promover, efetivamente, medidas que melhorem e salvaguardem o sistema”.
Propostas do PSD, se aprovadas, “teriam evitado” a degradação
O PSD tem “tomado diversas iniciativas parlamentares” que, de acordo com o deputado, foram “todas elas recusadas e chumbadas”. Segundo explica, “algumas teriam evitado situações que estão a acontecer”. Deu como exemplo a proposta feita no sentido de “manter o nível de financiamento do SNS que estava a acontecer desde o governo anterior” ou a medida interposta sobre prestação de serviços. “A contratação [dos designados tarefeiros] aumentou exponencialmente no ano passado, ao contrário do discurso oficial”, revelou. A medida do PSD foi “chumbada e agora verificamos que há um decreto, por parte do ministro, a cortar 35% indiscriminadamente, o que vai trazer implicações muito negativas, em muitos hospitais da periferia, sobretudo”, afirmou.