«Nunca trocaremos esta confiança e prudência por resultados eleitorais»

22 de julho de 2015
PSD

Pedro Passos Coelho defendeu "a importância de se ser prudente, de não se andar aos ziguezagues na estratégia", acrescentando: "Nunca por nunca trocaremos esta confiança, de alguma forma, esta prudência por resultados eleitorais".

Segundo o presidente do PSD, as políticas dos últimos anos abriram caminho à atração de investimento, crescimento económico e emprego. "Agora que esse prémio está ao nosso alcance, não o vamos desbaratar apenas para poder ter a mira de eleger mais uns quantos deputados, que nunca deixariam de fazer muita falta num parlamento que apoia um Governo que sabe o que quer e aonde quer chegar".

Passos Coelho deixou esta mensagem em relação às próximas legislativas depois de recordar que "foi justamente nesta sala" do edifício novo da Assembleia da República que, em 2013, utilizou a expressão "que se lixem as eleições".

O primeiro-ministro contestou que essa sua frase possa ser entendida como um desrespeito pela democracia ou uma desvalorização das escolhas dos portugueses.

"Essas escolhas são decisivas, mas só são realmente consequentes se soubermos que aquilo que estamos a escolher é para valer, que não é de uma maneira no curto prazo para no médio e longo prazo amargurar".

Referindo-se às próximas legislativas, declarou: "Nós estaremos a preparar-nos para essas eleições com a consciência dificuldades que vencemos, do dever que cumprimos e, em particular, do projeto que transportamos para o futuro".

Pedro Passos Coelho referiu hoje que nem todos os atuais deputados do PSD poderão "bisar" na próxima legislatura e deixou uma palavra de conforto aos que vão sair do parlamento, afirmando que conta com a sua intervenção cívica.

"Nem todos os que aqui estão bisarão o seu mandato nos próximos quatro anos, porque só por milagre é que tal sucederia".

"Fiquem bem cientes os que vão bisar e os que porventura o não poderão fazer de que todos, mas todos mesmo, tiveram uma intervenção decisiva naquilo que fizemos até hoje, mas continuarão a ter uma palavra decisiva no futuro que temos à nossa frente".

Rodeado pelos deputados do PSD, que o escutavam de pé, Passos Coelho procurou relativizar a importância do exercício de funções públicas, dizendo que, para além das "instituições, com todo o peso que têm", é também necessário que "cada um" dos cidadãos intervenha civicamente e dê "o melhor" de si ao país.

Neste jantar do grupo parlamentar do PSD de final de sessão legislativa estiveram presentes vários ministros e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, foi especialmente saudada por Luís Montenegro e por Pedro Passos Coelho.

Passos Coelho assinalou que Assunção Esteves foi "a primeira presidente da Assembleia da República" e considerou que "deixa, de facto, uma marca importante na forma como a democracia teve de conviver e digerir, provavelmente, o período mais conturbado e desafiante" desde o 25 de Abril de 1974.