“Não estamos a fazer o que era preciso para crescer mais e melhor”

21 de abril de 2017
PSD

O Presidente do PSD afirmou ainda que Portugal precisa de uma agenda reformista, não de um futuro adiado.

 

“O PSD tem autarcas que estão ao melhor nível para acrescentar valor para Portugal”

 

O Presidente do PSD afirmou, em Vagos, que o trajeto que a atual maioria está a fazer não é o melhor para Portugal. “O que era preciso era crescer mais e melhor, para dar aos portugueses melhores resultados”, acrescentando que estamos até a “andar para trás em algumas circunstâncias.”

 

Pedro Passos Coelho falava num jantar autárquico que decorreu no Colégio Diocesano Nossa Senhora da Apresentação, um bom exemplo de um serviço público prestado por uma instituição que não é o Estado. O desejo dos portugueses é de que o Estado garanta igualdade de oportunidades no acesso à educação. É por isso que se pagam impostos. Cabe ao Estado retribuir, garantido igualdade de oportunidades de acesso aos serviços públicos, que podem não ser necessariamente prestados pelo Estado.

 

O Estado pode “recorrer a instituições privadas para garantir políticas públicas. Não é por estarmos numa escola que não é do Estado que não temos serviço público de educação”. Não é também por isso que o serviço “tem um custo maior do que o que seria se fosse fornecido pelo Estado”, disse.

 

Se pudermos ter educação ou saúde que não sejam mais caras, porque não há-de o Estado garanti-las? Porque é que tem de obrigar toda a gente a ir estritamente a instituições cuja propriedade é do Estado?”, questionou. “Há muitos anos que vínhamos garantindo a qualidade independentemente de quem presta o serviço. Assim, as pessoas podem escolher o que é melhor. Porque é que resolveram passar a mensagem de que estes serviços devem ser evitados?”, acusou o líder da oposição.

 

As decisões da maioria têm levado a que entidades que prestam bom serviço público despeçam professores e funcionários. O que acontece depois? “O Estado vai contratá-los. É isto um progresso? Não. É uma visão estatizante. Não é a nossa visão. Não queremos que os nossos cidadãos tenham de recorrer necessariamente a tudo o que é do Estado”, afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Isso é o que acontece em “muitos países que tem uma visão socializante e até de raiz comunista, em que combater as desigualdades é tornar tudo igual. Não fazemos assim, não queremos um modelo em que toda a gente ganhe o salário mínimo nacional”. O número de trabalhadores a auferir o salário mínimo nacional passou de perto de 400 mil no primeiro trimestre de 2014, para quase um milhão no final de 2016.

 

É isso que queremos? Não queremos combater a pobreza? Não queremos combater os efeitos das desigualdades? Ter melhor acesso à cultura, educação, saúde e ao emprego?”, questionou o líder social-democrata.

 

Quando se olha para o que se está a passar na Venezuela, temos este tipo de modelo imposto, “defendido pelo Governo, que de forma populista quer oferecer a receita de nivelar por baixo. O resultado são farmácias sem medicamentos, serviços sem qualidade e uma sociedade sem escolha.

 

Ao pensarmos no que passámos nos últimos anos, pensamos nos sacrifícios e perguntamos: “é esta orientação para o futuro? É esta visão estatizante que queremos ver defendida em Portugal? Queremos ser como a Grécia? Não”, disse Pedro Passos Coelho. “Não queremos estes modelos estatizantes, socializantes, comunistas em Portugal”, defendeu o líder social-democrata. Portugal precisa de uma estratégia que olhe para a frente, pois “não se pode ter futuro só a gerir a herança que recebemos do passado.”

 

Tal como o presidente do PSD afirma, “Portugal está adiado porque só se pensa no curto prazo. Temos de ter uma agenda reformista e esta maioria não está a fazer nada disso.”

 

 

Autárquicas: PSD está em bom ritmo para ganhar as eleições

Pedro Passos Coelho falava perante casa cheia, em Vagos, na apresentação de recandidatura de Silvério Regalado às próximas autárquicas. Tal como afirmou “enquanto estive no Governo testemunhei o trabalho por ele feito. A capacidade de criar emprego em áreas industriais, atraindo um reforço de investimento, em domínios tão importantes como as exportações e a geração de rendimento nacional”. Um bom exemplo para o que Portugal poderia e deveria estar a fazer.

 

O que se devia estar a fazer no País é o que se fez em Vagos. “Tivemos presidentes de câmara e equipas do PSD a lutar sem se conformarem para fazer as reformas necessárias. Não é, infelizmente, isso que estamos a observar em Portugal”, revelou Pedro Passos Coelho.

 

Quando temos presidentes de câmara que podem acrescentar horizontes de investimento, que podem tornar os territórios mais competitivos e reduzir níveis de desemprego, temos a certeza de ter uma nova geração de autarcas que está ao melhor nível para acrescentar valor para Portugal e que, por isso, dão muito orgulho ao PSD”, disse.

 

O Presidente do PSD afirmou ainda estar confiante “quanto aos resultados que vamos obter. Temos bons candidatos, estamos bem preparados e o que for o julgamento dos eleitores é onde nos iremos rever”. Tal como o próprio reitera, estamos “em bom ritmo para ir ao encontro dos nossos desejos: ganhar as eleições.”