«A intenção do PSD e CDS-PP é apoiar o mesmo candidato a Belém»

29 de abril de 2015
PSD

O porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa, afirmou hoje que "a intenção que está expressa" nos termos do acordo de coligação entre PSD e CDS-PP é os dois partidos apoiarem o mesmo candidato presidencial.

Em declarações aos jornalistas, antes da reunião do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa, Marco António Costa referiu que este órgão partidário vai votar hoje um "articulado mais concreto", proposto pela Comissão Política Nacional do PSD, que "detalha os princípios gerais" do acordo de coligação para as legislativas assinado pelos presidentes dos dois partidos.

Instado a clarificar se PSD e CDS-PP vão apoiar o mesmo candidato a Belém, o social-democrata respondeu: "Essa é a intenção que está expressa, quer na declaração de princípios que foi lida e assinada pelos dois líderes aqui no passado dia 25 de Abril, quer no documento que está aqui subjacente, no articulado".

Por outro lado, Marco António Costa rejeitou que PSD e CDS-PP tenham tido como objetivo "marcar" a apresentação da candidatura presidencial de António Sampaio da Nóvoa ao marcarem para hoje as reuniões partidárias destinadas a aprovar o seu acordo de coligação: "Não tivemos nem temos a intenção de marcar nenhuma candidatura presidencial, não faz o mínimo sentido".

"Escolhemos esta data porque era a data possível dentro das agendas que os dois partidos tinham", justificou. "É simplesmente uma coincidência de agendas", reforçou.

Marco António Costa sustentou que os sociais-democratas têm, aliás, manifestado "um espírito de abertura total em relação a todos os candidatos presidenciais", assinalando o facto de ter recebido Henrique Neto na sede do PSD.

No que respeita às presidenciais, o compromisso assinado no sábado pelos presidentes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, estabelece o seguinte: "A aliança que proporemos aos nossos partidos respeitará as autonomias regionais e incluirá o necessário diálogo para que, depois das eleições legislativas, apoiemos um candidato presidencial, tendo em atenção que as eleições presidenciais implicam decisões de vontade individual que não se esgotam nem dependem unicamente da esfera partidária".

Nestas declarações aos jornalistas, Marco António Costa falou também das 29 perguntas que enviou ao PS, afirmando que não tem "pressa em obter uma resposta" e que espera receber "todos os elementos indispensáveis".

O porta-voz do PSD considerou que a iniciativa de pedir esclarecimentos sobre o plano macroeconómico dos socialistas e a forma como o PS reagiu a esse pedido "é um contributo muito importante para a elevação do debate político em Portugal".