Governo liderado pelo PSD foi o único que cortou nas rendas de energia

11 de junho de 2017
PSD

Governo alimenta ilusões com “conversa falsa”
 

Fundos europeus continuam a ser muito importantes para o desenvolvimento

 

“Até hoje, só houve um Governo que tomou medidas que valeram mais de 4 mil milhões de euros para cortar em rendas de energia. E foi com essa decisão que hoje Portugal está a beneficiar de uma redução do défice tarifário”, afirmou hoje Pedro Passos Coelho, em Viseu.

O líder do PSD referia-se às notícias que vieram recentemente a público, sobre a investigação que está a decorrer sobre contratos de energia, tendo sido revelado que os portugueses pagam mais do que deveriam pagar às empresas fornecedoras.

E quem é que ouvimos criticar? Quem fez estes contratos há uns anos. Nós é que poupámos nos contratos.”, disse.  

Agora, o Governo diz que “vai à EDP arranjar maneira de ir buscar 500 milhões que se pagaram a mais. Só vão buscar 500 milhões, quando até hoje nada fizeram? Esta história do faz de conta não é uma conversa séria. Sabem que não estão a resolver nada e querem criar a expectativa que vão resolver problemas que não sabem resolver”, acusou.

Portugal precisa de ser governado de forma séria. Precisa de olhar para futuro, para uma economia “mais baseada no conhecimento e valor acrescentado. Se queremos corrigir as injustiças, temos de as atacar mais cedo”.

O governo PSD, vinculou 4000 professores em dois anos. Até hoje, em ano e meio, o atual Governo vinculou mil. É preciso fazer mais do que fazer de conta. É preciso investir na Educação. E para isso não se podem fazer cortes cegos nos contratos de associação, remetendo dezenas de pessoas para o desemprego e dando piores condições aos alunos.

 

Governo alimenta ilusões com “conversa falsa”

Pedro Passos Coelho acusou hoje o atual Governo de estar a fazer de conta que resolve os problemas e que os continua a “empurrar com a barriga”.

O líder do PSD relembrou que, quando este Executivo tomou posse, insistiu que “havia um problema relacionado com o malparado ocultado pelo governo anterior”. Diziam, na altura, que era preciso uma solução rápida.

Disseram-nos durante todo o ano de 2016. Chegou a estar prometida uma solução, por Mário Centeno, para dezembro de 2016. Chegámos a fevereiro e anunciaram que estavam a ultimar com o Banco de Portugal uma proposta para o malparado. Perguntámos qual era a solução. Nunca a disseram”, disse. Anunciavam, no entanto, que iam tendo reuniões e que estavam a cumprir o calendário.

Mas, “há uma semana, uma nova administradora do BdP deu uma entrevista a dizer que não era possível uma solução para o malparado, porque as leis europeias não o permitiam. Há novas leis? Não. Então como é que dizem que estavam a ultimar?”, questionou.

Afinal, o ministro das Finanças veio dizer “sem incómodo, pelos jornais, e não ao Parlamento, porque é esta a nobreza do exercício da política para este Governo, que cada banco ficará com o seu malparado e talvez haja a possibilidade de os bancos, de forma voluntária, entregarem essa gestão a uma entidade”, que ainda não é conhecida.

Tal como o líder da oposição denuncia, “andaram durante mais de um ano, conscientemente, a criar a ilusão de que era possível uma solução que não existia e que sabiam que não existia desde o primeiro momento. Andaram a alimentar uma conversa falsa.”

Mas o PSD não se demite de denunciar o que está a ser feito, como é o caso da nomeação de Diogo Lacerda Machado para a TAP. Este é mais um exemplo de “pouca vergonha, que fica tão mal a quem nomeia como a quem aceita. Esta não é uma forma séria de fazer política”.

O Partido Social Democrata continuará a defender uma política com valores, e que leve os portugueses a sério.

 

Fundos europeus continuam a ser muito importantes para o desenvolvimento

Perante uma plateia cheia e perante os candidatos autárquicos do PSD ao distrito de Viseu, o presidente do maior partido português salientou precisamente a nova geração de autarcas em Portugal, capaz de receber mais competências, para o desenvolvimento das regiões.

A propósito do desenvolvimento, o líder do PSD relembrou ainda a importância dos fundos europeus para o avanço registado até hoje.

Muitas vezes, o apoio da União Europeia é esquecido por quem governa em Lisboa e por quem, nos municípios, nem sempre se apercebe de quanta importância adquire a transformação no nosso território porque podemos aceder a financiamento europeu”, disse.

Tal como Pedro Passos Coelho afirmou, “está na moda criticar Bruxelas e a UE, mas muita da obra feita em Portugal foi possível porque tivemos bons autarcas e os meios financiados por fundos europeus para os concretizar. A opção que fizemos com a Europa foi consciente e acertada, e o nosso País mudou porque estivemos na UE e queremos estar na UE, e queremos que ela seja cada vez mais forte, transparente e presente nas nossas vidas.”

Ainda sobre o investimento, o líder da oposição criticou a ausência deste, mesmo em projetos que estavam orçamentados.

Dando o exemplo da ligação de Sátão a Viseu, Pedro Passos Coelho relembrou que “esta estava orçamentada, podia pagar-se. Mas porque não foi feita? Porque foi preciso cuidar do défice. A Infraestruturas de Portugal tinha esta obra no plano de atividades, mas não pode executar nem este nem muitos projetos porque o financiamento que vinha da contribuição rodoviária e do imposto sobre produtos petrolíferos não foi transferido, porque o Governo o gastou de outra maneira. Foi preciso esperar pelo fim de 2016 para perceber que um Governo que prometia gastar mais do que o anterior tinha cortado em relação ao precedente quase 1 ponto percentual do PIB”.