Governo ilude portugueses com embrulhos célebres e folclóricos

19 de abril de 2017
PSD

Acabou de nos apresentar mais um daqueles embrulhos, célebres e folclóricos, com que o Governo tenta iludir os portugueses”, disse Luís Leite Ramos, vice-presidente do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, depois da intervenção do Ministro do Planeamento em plenário, esta quarta-feira. “Não consegue esconder, com papéis velhos e gastos, a falta de ambição e o poucochinho da meta do crescimento económico que o seu Governo propõe ao País”, acrescentou, referindo-se ao investimento público referido por Pedro Marques.

Para Luís Leite Ramos, “se há alguém neste Governo e neste país que tem uma cara e um rosto da falta de investimento público, do maior desinvestimento de que há memória em Portugal é vossa excelência e o seu Governo”. Com este Executivo, o investimento é inferior ao do “período difícil da austeridade” e às promessas feitas ao País, pelo que “falar de investimento público é uma falta de pudor e de respeito pelos portugueses”.

Sobre os fundos comunitários, o deputado do PSD disse ser necessário comparar a execução de 2016 com a de 2009, para depois questionar: “sabe quanto menos foi o investimento nessa matéria?”. “Menos 1375 milhões de euros em relação a 2009, menos 38%”, respondeu. Recordou que, desde o final de 2011 e até ao final do QREN, Portugal “liderou a execução dos fundos comunitários no espaço europeu”. “É hoje o sétimo país em matéria de execução”, criticou.

 


Já percebemos que este Governo não reforma ou reverte apenas as reformas que foram feitas pelo anterior governo”, acusou Luís Leite Ramos.


 

“Corte Brutal da despesa pública”

Houve um “corte brutal da despesa pública em 2016” que, nas Infraestruturas de Portugal, “foi superior a 400 milhões de euros”, denunciou o social-democrata. “Bem sei que lhe chamaram cativações e que esse nome pomposo serviu, apenas, para esconder a realidade”. O corte efetuado afetou “obras públicas em curso, manutenção e requalificação de outras obras e, até, a segurança nas circulações ferroviária e rodoviária”. Dada a situação, Luís Leite Ramos questionou o ministro do Planeamento: “o senhor garante que os portugueses podem estar descansados em matéria de segurança rodoviária e ferroviária face ao desinvestimento que houve nas infraestruturas de Portugal?

Luís Leite Ramos referiu-se ao impacto dos cortes na educação e na saúde, para acusar: “já percebemos que este Governo não reforma ou reverte apenas as reformas que foram feitas pelo anterior governo”.

 

Como é que o Governo vai garantir investimento?

Com o crescimento que o Governo projeta para os próximos anos, 2% em média (pelos vistos já revisto em baixa), onde é que vai buscar os meios para garantir o investimento e a despesa pública necessária para continuar não só a garantir aos portugueses um conjunto de serviços e bens públicos fundamentais, mas também para continuar aquela política de devolução, que o governo anterior começou, de rendimentos?”, perguntou o vice-presidente da bancada parlamentar.