Governo desiste do metro Hospital Amadora-Sintra

18 de abril de 2017
PSD

O executivo desvia os investimentos da periferia para Lisboa e prejudica a mobilidade de 60 mil pessoas.

A extensão do Metro ao Hospital Amadora-Sintra deixou de ser uma prioridade para o Governo e os recursos financeiros são desviados para a extensão Largo do Rato - Cais do Sodré, em Lisboa. O Governo, o Metropolitano de Lisboa e a Câmara da Amadora fizeram promessas, alimentaram ilusões, criaram falsas expectativas e agora comunicam que desistem do projeto. “Quantas vezes os cidadãos de Amadora e Sintra serão prejudicados, na sua mobilidade, pelo Governo?”, questiona Carlos Silva, deputado do PSD.

Carlos Silva considera que “as declarações em 2009 dos responsáveis do Governo, do Metropolitano de Lisboa e da Câmara Municipal da Amadora, bem como o plano de expansão do Metropolitano de Lisboa então apresentado, não fizeram mais do que iludir os amadorenses e sintrenses criando falsas expetativas”. A decisão prejudica a mobilidade de 60 mil pessoas.

Na inauguração da estação do Metro da Reboleira, o ministro do Ambiente anunciou que “a política do Governo para o Metropolitano de Lisboa” obriga os responsáveis a “ser muito ponderados em relação a novos investimentos”, pelo que estes “deverão essencialmente ser desenhados para o reforço da conetividade entre as linhas já existentes”.

 


Quantas vezes os cidadãos de Amadora e Sintra serão prejudicados, na sua mobilidade, pelo Governo?


 

Os deputados do PSD António Costa Silva, Carlos Silva, Luís Leite Ramos e Sandra Pereira querem conhecer os motivos que sustentam esta mudança de orientação estratégica.

As declarações quer do ministro do Ambiente, quer do presidente do Metropolitano de Lisboa, de que os investimentos previstos no Plano Nacional de Reformas relativamente ao alargamento da rede do Metropolitano seriam realizados exclusivamente na cidade de Lisboa, constitui uma verdadeira surpresa e contradiz o que foi anunciado.

O PSD entende que esta alteração de posição em torno da expansão do Metropolitano de Lisboa é a prova de que "Palavra dada não corresponde a palavra honrada".

Carlos Silva recorda que “os amadorenses já foram discriminados com o valor dos seus passes no processo de entrega da Carris à Câmara Municipal de Lisboa e também com a decisão do Metropolitano de Lisboa de reduzir para metade os comboios que servem as estações de metropolitano situadas na Amadora (Alfornelos, Amadora-este e Reboleira)”.

Os deputados do PSD pretendem saber quais as medidas tomadas pelo Governo por forma a compensar esta quebra de compromisso para com as populações Amadora e Sintra.

O Metropolitano de Lisboa continua assim longe de atingir o verdadeiro desígnio, que é ganhar escala. Com os investimentos previstos para a Amadora desviados para a extensão da rede do Rato até ao Cais de Sodré, o PSD conclui, uma vez mais, que os amadorenses e os sintrenses vêem-se privados de uma mobilidade de qualidade nos transportes em detrimento de Lisboa.