Governo assina concertação sem apoio parlamentar

17 de janeiro de 2017
PSD

No debate quinzenal desta terça-feira, no parlamento, o Presidente do PSD acusou o Governo de ter assinado um acordo de concertação social sem garantia de apoio no parlamento. “Assumiu um compromisso na concertação social sabendo que não teria o voto da maioria que o apoia no parlamento. Parece que pensa o mesmo que o seu ‘número dois’ [Augusto Santos Silva] sobre a concertação social – que é uma espécie de feira do gado e depois no parlamento o PSD que resolva o problema”, criticou. “Entendam-se lá e resolvam o problema”, continuou.
“A medida está errada porque, ao institucionalizar um desconto, está a avolumar um convite evidente ao Salário Mínimo Nacional”, justificou Pedro Passos Coelho garantindo que o governo não poderá contar com o apoio do PSD.

Défice abaixo de 3% deve-se ao governo liderado pelo PSD
O Presidente do PSD acusou o atual Governo de contar uma história sobre o ano de 2016 que, simplesmente, não passa de “uma ficção”.
Pedro Passos Coelho relembrou que, contrariamente ao que é dito por este Executivo, Portugal teve com este Governo o maior corte de investimento público de que há memória: “É uma história que não casa com a realidade. Ao contrário do que diz, o Governo aplicou mesmo um Plano B: o maior corte de investimento público de que há memória em Portugal, em muitas dezenas de anos, e não só. Não queira atirar poeira para a cara das pessoas dizendo que não cumpriu um Plano B”, destacou. Pedro Passos Coelho foi mais longe e afirmou mesmo que “este governo não fez nenhum milagre. Até descobriu que para a atingir as suas metas teria de fazer cortes”.
Em relação ao valor do défice atingido no ano de 2016, o Presidente do PSD recordou que esse feito é mérito do anterior Governo que, de 2011 a 2015, o passou de “11% para 3%”. “Se os senhores podem ter um défice abaixo de 3% em 2016, é porque houve um Governo que o passou de 11% para 3%. E esse foi o Governo liderado pelo PSD”, ressalvou.