Estado da Nação - «A estratégia que seguimos foi a mais acertada»

8 de julho de 2015
PSD

Esta quarta-feira, 8 de julho, no Debate do Estado da Nação na Assembleia da República, Pedro Passos Coelho afirmou que, “com tudo o que entretanto se passou” sabemos que “a estratégia que seguimos, de rigor, de crescimento e de credibilidade foi a mais acertada".

"Foi a mais acertada, não segundo critérios de política partidária, não segundo cartilhas ideológicas que ignoram a realidade e os problemas concretos das pessoas. Foi, sim, a estratégia mais acertada para proteger os portugueses nas suas vidas quotidianas", disse.

A governação dos últimos quatro anos preparou Portugal "para resistir às contingências que o futuro pudesse trazer" e conduziu a "um horizonte de mais prosperidade, de mais equidade e de mais justiça".

Pedro Passos Coelho admitiu que se possa "discutir se é mais otimista ou menos otimista" esse horizonte, mas reclamou que neste momento "a discussão em Portugal já não é o crescimento do desemprego, o tumulto financeiro, a insegurança das poupanças, o desaparecimento de empresas e setores de atividade".

"A discussão, bem diferente, agora é: Quanto é que vai a economia crescer? Qual o ritmo de descida do desemprego? Que aceleração terá a inovação na nossa economia? A que velocidade serão removidas todas as medidas que nos foram forçadas pela violência da emergência nacional que atravessámos? Esse é um facto indesmentível da realidade portuguesa".

O Primeiro-Ministro destacou o quanto pode ser prejucial para Portugal “os efeitos de uma inversão de estratégia”.

"O ziguezague, a desorientação política nos propósitos e nos meios, continua a ser uma ameaça coletiva para nós. Na Europa e no mundo enfrentamos inúmeras incógnitas e incertezas. Sabemos que é assim. Ora, o pior que se pode fazer nessas circunstâncias é somarmos a elas a nossa própria incerteza e desorientação", afirmou.

Depois de defender que é preciso manter "objetivos bem definidos e uma abordagem realista, prudente e inteligente", o primeiro-ministro acrescentou: "Pela nossa parte, nunca faremos dos portugueses cobaias de experiências políticas nem instrumentos para obter este ou aquele pergaminho".

Pedro Passos Coelho também respondeu aos sete pecados capitais de António Costa, com as dez pragas que o PS deixou no País: obras faraónicas, programas de estabilidade e crescimento que trouxeram aumento de impostos e cortes de salários na Função Pública; uma desigualdade maior que em toda a UE, défices orçamentais volumosos e ruinosos, (mais de 10% em 2011), défices externos preocupantes que rondaram 10% em média, o completo desgoverno do sector empresarial do Estado, que acumulava dívida operacional e financeira; a nacionalização do BPN; o défice tarifário na electricidade; o endividamento galopante, mais de 20pp, com expulsão de Portugal dos mercados e pedido de resgate; e a décima praga: um desemprego estrutural acima de 10%.

O Primeiro-Ministro referiu ainda a "incompreensível azia do PS com os resultados que vão sendo divulgados do desempenho económico em Portugal"