“Em 2011 as reservas financeiras do Estado não davam para dois meses de salários”

26 de março de 2015
PSD

No Programa “Três Pontos” da RTP Informação, de 24 de março de 2015

Em 2011 as reservas financeiras do Estado eram baixíssimas, não davam para dois meses de salários. Hoje felizmente temos reservas financeiras que nos permitem amortizar este ano 6,6 milhões de euros ao FMI, estamos a falar de cerca de 27% da dívida total ao FMI”, afirmou Marco António Costa esta terça-feira no Programa “Três Pontos” da RTP Informação.

Tem sido feita pelo Governo português aquilo a que se chama uma gestão prudente e cautelosa criando uma almofada financeira que garanta que o Estado, em situação de emergência, não fique sem meios financeiros para garantir a responsabilidade do funcionamento do estado”, disse o dirigente social-democrata.

Sobre a expressão “ter os cofres cheios” que têm tido algum mediatismo na praça pública nos últimos dias, Marco António Costa assegurou que Maria Luís Albuquerque quis dizer que, ao contrário do que acontecia em 2011, Portugal hoje pode ter esperança no futuro:

O que a senhora Ministra quis dizer aos jovens foi uma coisa muito simples: a juventude tem hoje razões para confiar no futuro, há um novo ambiente que se criou em Portugal. Nomeadamente, esse ambiente resulta de hoje Portugal ser um país que merece a confiança internacional, consegue emitir dívida e arrecadar e fazer uma almofada financeira. Os tais cofres cheios são uma almofada financeira que visam pagar dívidas que vencem do Estado, nomeadamente a dívida pública que o Estado tem de amortizar. Por outro lado, também antecipar o pagamento de dívida do Estado a taxas de juro menos elevadas do que hoje consegue obter. Isto é, fazer uma gestão criteriosa, responsável e benigna dos interesses nacionais”, afirmou.

Sobre as críticas que têm sido feitas por parte da oposição à expressão “ter os cofres cheios”, o Vice-Presidente Coordenador da Comissão Política Nacional do PSD afirma:

É uma afirmação maldosa, própria do debate político, mas não contribui para uma elucidação adequada da opinião pública”.