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O primeiro-ministro reconheceu hoje que Portugal tem de crescer mais, mas sublinhou que esse crescimento tem ser feito sem "solavancos, sobressaltos e insegurança para futuro" ou "a miopia do curto prazo".
"Precisamos de crescer mais do que estamos a crescer hoje, mas precisamos de crescer de uma forma que evite os solavancos, os sobressaltos e a insegurança para futuro".
Por isso, acrescentou, não basta apresentar soluções para crescer, é necessário que elas façam antever um crescimento sustentável e duradouro, para não se estar hoje com "a miopia do curto prazo, com demasiada pressa em acrescentar elementos de crescimento que ponham em causa a capacidade para crescer daqui a dois, a três ou quatro anos".
Tal é válido no que respeita à sustentabilidade das finanças públicas, como em termos de modelo de desenvolvimento económico e de sustentabilidade ambiental.
Insistindo na necessidade de crescer nos próximos anos "tendo em conta a realidade, as circunstâncias, as restrições que existem", Passos Coelho disse ainda que o crescimento que o Governo tem vindo a preparar "e que agora está em plena aceleração" obedece ao "princípio elementar da sustentabilidade", sendo por isso "seguro, resistente" e tendo futuro.
Pelo contrário, notou, o pouco crescimento que existiu no passado esteve assente na produção de dívida até "níveis exorbitantes" e até "insustentáveis" e, além de "insignificante, não tinha segurança nem resistência" ou futuro.
"Aprendemos às nossas custas que a qualidade do crescimento económico depende de como ele é gerado. Também o crescimento económico tem de ser sustentável", sublinhou.
Na sua intervenção, o chefe do executivo classificou ainda o crescimento verde como "peça chave" da nova fase de desenvolvimento que já está a acontecer, defendendo que a crise ambiental não pode ser mais ignorada, com a perda da biodiversidade, degradação e crescente pressão sobre os recursos naturais.
"A correção das trajetórias de insustentabilidade não pode ser mais adiada, sob pena dos problemas se tornarem irremediáveis. É o nosso futuro comum que está em causa", advogou.