Convenção Autárquica Nacional: PSD reuniu mais de 700 candidatos

29 de maio de 2017
PSD

O PSD é um partido que tem no Poder Local a sua mola propulsora”, relembrou Álvaro Amaro, presidente dos autarcas Social-democratas, no sábado durante a Convenção Autárquica Nacional que reuniu mais de 700 candidatos autárquicos. Foram mais de cinco horas de trabalho com os candidatos prontos a servir os portugueses. “É pelos portugueses, pelas nossas terras que vamos disputar para vencer as eleições autárquicas”, afirmou José Matos Rosa, secretário-geral do PSD.

Há um princípio que une os candidatos do PSD: fazer mais e melhor. Ser-se autarca é assumir “este trabalho sempre inacabado de melhorar as nossas freguesias, os nossos concelhos”, resumiu Bragança Fernandes, líder da distrital do PSD do Porto e presidente da Câmara da Maia.  

O processo de candidatura, reforçou Carlos Carreiras, é encarado “com grande serenidade e transparência”. Conscientes de que “nas eleições autárquicas ganha quem governa bem”, os social-democratas apresentam, de acordo com o coordenador autárquico nacional, “candidatos e candidatas de primeiríssima linha”. E tão importante quanto as ideias, as equipas escolhidas e os candidatos apresentados, é “estar junto das pessoas, ouvir as pessoas”, destacou Carlos Carreiras, justificando: “porque emanamos deles”.

José Matos Rosa, por sua vez, reconheceu e enalteceu o trabalho que tem sido realizado, dizendo-se mesmo “orgulhoso”. “É um caminho que já vai longo” e no qual tem sido evidente “esforço” e a “dedicação” de todos. O secretário-geral do PSD destacou a importância de “servir as nossas pessoas”.

 

O PSD tem os melhores autarcas do País"

O PSD tem os melhores autarcas do País”. Foi assim que Fernando Ruas, hoje eurodeputado mas presidente da Associação Nacional de Municípios durante 12 anos, iniciou a sua intervenção, através da qual quis assinalar a importância dos que presidem às juntas de freguesia. “Sei quanto é que eles valem para a solidez de um concelho, muitas vezes tendo funções que não valorizamos suficientemente”, salientou. Deixou um alerta importante para quem se apresenta às eleições de 1 de outubro, assim como para quem fará uso do seu direito de voto: “quando há um programa muito rebuscado num concelho ou numa freguesia é de desconfiar”.

A Convenção refletiu sobre o papel assumido pelo autarca, seja daquele que preside à câmara municipal, seja do líder dos destinos da junta de freguesia. Essencial a uns e a outros é estar junto das pessoas, escutando-lhes ‘as dores’ para, e sempre que possível, solucionar problemas. Tal como o salientou António Silva Tiago (Maia), “os tempos em que vivemos exigem uma enorme capacidade de fazer uma escuta atenta”.

Falou-se sobre os que têm de “sair do concelho” no qual não é possível cumprir o ensino obrigatório (Jorge Fidalgo, Vimioso); da necessidade de “criar um plano gerontológico” (Carlos Almeida, Castelo Branco) ou, ainda, do desafio do “despovoamento e do êxodo territorial” (Célia Marques, Alvaiázere). Não se esqueceu o impacto da “interioridade” nas populações (Carlos Ascenção, Celorico da Beira; e Miguel Borges, Sardoal) ou a necessidade de criar/devolver as cidades às famílias, às suas pessoas (Álvaro Almeida, Porto; Teresa Leal Coelho, Lisboa). Tal como o disse Paulo Cunha, de Famalicão, “é muito importante que façamos nas autarquias, aquilo que Pedro Passos Coelho fez no governo: criar futuro”.

 

"Falta de vontade do Poder Central”

Não se calou o descontentamento de quem se vê esquecido, manipulado ou condicionado pelo Poder Central. Célia Marques denunciou “a falta de vontade do Poder Central” em combater o êxodo territorial. Por sua vez, António Sebastião (Almodôvar) criticou a “ausência completa de preocupação com o futuro”. Se Ribau Esteves (Aveiro) referiu que “esta rapaziada da geringonça é especializada em fazer de conta”, João Manuel Esteves (Arcos de Valdevez) reforçou que os êxitos a que o País tem assistido são dos portugueses e não “de um Governo que anda só preocupado com a governação da geringonça”. Jaime Ramos (Coimbra) denunciou que a centralização de competências contribui para o empobrecimento. Segundo Paulo Ribeiro (Palmela) “o legado do PCP nas autarquias é o do desemprego, da dívida e dos impostos altos”. Já José António Jesus (Tondela) alertou que “a gestão dos fundos comunitários está cada vez mais condicionada à estratégia eleitoral de quem sustenta o Governo”. Mais do que uma política assente “no betão”, Miguel Borges (Sardoal) salientou que “os desafios têm muito que ver com as políticas sociais”.

E porque outubro não tarda, importa que quem se candidata recorde as palavras de Bragança Fernandes: “o sucesso sempre se construiu assente na união. Sabemos que não há eleições ganhas à partida, nem perdidas antes de serem disputadas”.

Se existe uma diferença entre o PSD e os outros partidos? Sim, existe. E quem a sublinhou foi Paulo Cunha (Famalicão): o PSD “tem conseguido trazer para junto de si os melhores”. Assumem-se, tal como Andreia Neto em Santo Tirso, candidatos que preferem a estratégia às “tácticas sem visão”. Votar no PSD “será votar num partido com orgulho na sua história”, afirmou-o Alberto Santos (Penafiel).