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“O PSD é um partido que tem no Poder Local a sua mola propulsora”, relembrou Álvaro Amaro, presidente dos autarcas Social-democratas, no sábado durante a Convenção Autárquica Nacional que reuniu mais de 700 candidatos autárquicos. Foram mais de cinco horas de trabalho com os candidatos prontos a servir os portugueses. “É pelos portugueses, pelas nossas terras que vamos disputar para vencer as eleições autárquicas”, afirmou José Matos Rosa, secretário-geral do PSD.
Há um princípio que une os candidatos do PSD: fazer mais e melhor. Ser-se autarca é assumir “este trabalho sempre inacabado de melhorar as nossas freguesias, os nossos concelhos”, resumiu Bragança Fernandes, líder da distrital do PSD do Porto e presidente da Câmara da Maia.
O processo de candidatura, reforçou Carlos Carreiras, é encarado “com grande serenidade e transparência”. Conscientes de que “nas eleições autárquicas ganha quem governa bem”, os social-democratas apresentam, de acordo com o coordenador autárquico nacional, “candidatos e candidatas de primeiríssima linha”. E tão importante quanto as ideias, as equipas escolhidas e os candidatos apresentados, é “estar junto das pessoas, ouvir as pessoas”, destacou Carlos Carreiras, justificando: “porque emanamos deles”.
José Matos Rosa, por sua vez, reconheceu e enalteceu o trabalho que tem sido realizado, dizendo-se mesmo “orgulhoso”. “É um caminho que já vai longo” e no qual tem sido evidente “esforço” e a “dedicação” de todos. O secretário-geral do PSD destacou a importância de “servir as nossas pessoas”.
“O PSD tem os melhores autarcas do País"
“O PSD tem os melhores autarcas do País”. Foi assim que Fernando Ruas, hoje eurodeputado mas presidente da Associação Nacional de Municípios durante 12 anos, iniciou a sua intervenção, através da qual quis assinalar a importância dos que presidem às juntas de freguesia. “Sei quanto é que eles valem para a solidez de um concelho, muitas vezes tendo funções que não valorizamos suficientemente”, salientou. Deixou um alerta importante para quem se apresenta às eleições de 1 de outubro, assim como para quem fará uso do seu direito de voto: “quando há um programa muito rebuscado num concelho ou numa freguesia é de desconfiar”.
A Convenção refletiu sobre o papel assumido pelo autarca, seja daquele que preside à câmara municipal, seja do líder dos destinos da junta de freguesia. Essencial a uns e a outros é estar junto das pessoas, escutando-lhes ‘as dores’ para, e sempre que possível, solucionar problemas. Tal como o salientou António Silva Tiago (Maia), “os tempos em que vivemos exigem uma enorme capacidade de fazer uma escuta atenta”.
Falou-se sobre os que têm de “sair do concelho” no qual não é possível cumprir o ensino obrigatório (Jorge Fidalgo, Vimioso); da necessidade de “criar um plano gerontológico” (Carlos Almeida, Castelo Branco) ou, ainda, do desafio do “despovoamento e do êxodo territorial” (Célia Marques, Alvaiázere). Não se esqueceu o impacto da “interioridade” nas populações (Carlos Ascenção, Celorico da Beira; e Miguel Borges, Sardoal) ou a necessidade de criar/devolver as cidades às famílias, às suas pessoas (Álvaro Almeida, Porto; Teresa Leal Coelho, Lisboa). Tal como o disse Paulo Cunha, de Famalicão, “é muito importante que façamos nas autarquias, aquilo que Pedro Passos Coelho fez no governo: criar futuro”.
"Falta de vontade do Poder Central”
Não se calou o descontentamento de quem se vê esquecido, manipulado ou condicionado pelo Poder Central. Célia Marques denunciou “a falta de vontade do Poder Central” em combater o êxodo territorial. Por sua vez, António Sebastião (Almodôvar) criticou a “ausência completa de preocupação com o futuro”. Se Ribau Esteves (Aveiro) referiu que “esta rapaziada da geringonça é especializada em fazer de conta”, João Manuel Esteves (Arcos de Valdevez) reforçou que os êxitos a que o País tem assistido são dos portugueses e não “de um Governo que anda só preocupado com a governação da geringonça”. Jaime Ramos (Coimbra) denunciou que a centralização de competências contribui para o empobrecimento. Segundo Paulo Ribeiro (Palmela) “o legado do PCP nas autarquias é o do desemprego, da dívida e dos impostos altos”. Já José António Jesus (Tondela) alertou que “a gestão dos fundos comunitários está cada vez mais condicionada à estratégia eleitoral de quem sustenta o Governo”. Mais do que uma política assente “no betão”, Miguel Borges (Sardoal) salientou que “os desafios têm muito que ver com as políticas sociais”.
E porque outubro não tarda, importa que quem se candidata recorde as palavras de Bragança Fernandes: “o sucesso sempre se construiu assente na união. Sabemos que não há eleições ganhas à partida, nem perdidas antes de serem disputadas”.
Se existe uma diferença entre o PSD e os outros partidos? Sim, existe. E quem a sublinhou foi Paulo Cunha (Famalicão): o PSD “tem conseguido trazer para junto de si os melhores”. Assumem-se, tal como Andreia Neto em Santo Tirso, candidatos que preferem a estratégia às “tácticas sem visão”. Votar no PSD “será votar num partido com orgulho na sua história”, afirmou-o Alberto Santos (Penafiel).