«Compromisso verde permite estabilidade independentemente de ciclos eleitorais»

22 de abril de 2015
PSD

"As empresas sabem hoje, a partir deste contrato, deste compromisso, que independentemente dos ciclos eleitorais, há uma vontade de cidadania, de afirmação do crescimento verde, e sabemos quais os objetivos para 2020 e 2030, de que forma podemos lá chegar, com que iniciativas e quais os indicadores de progresso", afirmou Jorge Moreira da Silva após a cerimónia de assinatura do Compromisso para o Crescimento Verde entre o Governo e 82 associações e entidades.

 Para o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, "o financiamento, o investimento verde é um elemento importante", mas há outros mais importantes, "aqueles que se traduzem em previsibilidade e estabilidade", já que as empresas "receiam não saber com o que contam" para os próximos anos.

"Se souberem com o que contam, quais as metas na água, na energia, na eficiência energética, na reabilitação urbana, têm condições para alocar investimento e empreendedorismo nesse quadro", explicou o ministro.

 O Compromisso identificou "centenas de indicadores de progresso" das medidas que vão ser monitorizadas todos os meses por estas organizações, garantiu o governante.

 "A partir do momento em que há um contrato assinado com 80 associações da sociedade civil, está criado um quadro de grande estabilidade que não deixa de permitir a flexibilidade necessária a nível dos modelos de gestão", realçou Jorge Moreira da Silva, acrescentando que as iniciativas são "suficientemente detalhadas" para que as pessoas e as empresas percebam qual é o caminho e quais os objetivos a atingir.

 No entanto, assegurou, as medidas são "suficientemente abertas" para acomodar diferentes leituras ideológicas, programáticas e partidárias, tratando-se de "um quadro estratégico orientado para a ação e, independentemente das questões eleitorais, é resiliente".

 No seu discurso, Jorge Moreira da Silva salientou que "nem todos estão de acordo com tudo, isso é impossível". Mas, "apesar de não estarmos de acordo em tudo, estivemos de acordo no essencial", realçou.

 "Mais do que um pacto social, este é um contrato para o desenvolvimento sustentável, é um contrato entre os presentes", resumiu.