"Começámos o ano com o PCP e o BE a meterem baixa no apoio ao Governo"

16 de janeiro de 2017
PSD

O que se está a assistir na negociação da TSU é da exclusiva responsabilidade do Governo e dos partidos que o apoiam, acusou Pedro Passos Coelho este sábado.
O acordo para o Salário Mínimo Nacional foi negociado entre o Governo e os partidos que o sustentam na Assembleia da República, e espelha bem o que são as decisões deste Executivo para o País. Quando, em 2014, o PSD descongelou o salário mínimo, disse que para futuro a sua atualização devia estar relacionada com a produtividade.
“Nós quando mexemos na TSU, ela não foi encargo da Segurança social. Este Governo impôs um aumento do SMN que não é coberto pela produtividade, impondo às empresas um valor que eles não podem pagar e perdoando depois o processo. Isto tem vários efeitos perversos. Um Governo que diz que quer melhorar rendimentos, está a promover incentivos para serem mais baixos”, afirmou o líder da oposição.
Importa salientar que o PSD não faz parte das esquerdas que sustentam este governo, pelo que não põe em causa a concertação social. “Deviam estar a criticar o PCP, o BE e o PEV, não o PSD. Dizem que pomos em causa a concertação social. Eles fazem o negócio, desentendem-se, e querem pôr a responsabilidade no PSD. O bode expiatório está sempre fora, não são eles que fazem mal. Tenham coragem para assumir as decisões que tomam”, desafiou Pedro Passos Coelho.
“Começámos o ano com o PCP e o BE a meterem baixa no apoio ao Governo”, afirma o Presidente do PSD. É a eles que Portugal tem de exigir responsabilidades. “Eles é que quiseram ficar com o Governo e disseram que tinham uma solução estável. Não comecem a desentender-se porque esgotaram as boas novas e o dinheiro que tinham para dar”, refere o líder-social democrata. 
Portugal não pode ter uma governação apenas para a popularidade do dia-a-dia, pelo que, do PSD, poderá esperar-se que, em 2017, continue a defender os interesses dos portugueses, pois nunca se demitirá da sua génese reformista e inconformista.