Autárquicas 2017 - 5 meses de distância

25 de maio de 2017
PSD

Escrever a 5 meses das eleições autárquicas não pode ser um exercício de adivinhação ou de prestidigitação. Porém, como em todos os setores de atividade da sociedade, também na política se devem estabelecer metas e objetivos e como tal, prefiro que seja um exercício de racionalidade e crença.

É sabido o que eu penso sobre o que devemos ambicionar nas próximas eleições autárquicas. Afirmei-o com meridiana clareza: para mim, como Presidente dos ASD, devemos ambicionar liderar a ANMP e a ANAFRE e para isso precisamos de ter um resultado que nos torne maioritários. Mas, esta ambição não é um fim em si mesmo. A realidade é que precisam ser mudadas porque as lideranças estão amorfas e acomodadas ao governo.

Mas, não é esta a razão mais importante para o objetivo que coloquei. Mais importante mesmo é que tenho a certeza que a base da nossa formação e constituição como partido foi fundada nas bases do poder local e foi por via deste exercício que Portugal mais se desenvolveu. Por isso evidencio duas ordens de razões essenciais para eu defender e acreditar na vitória em outubro próximo: razões de carácter racional e razões de carácter emocional.

 


"Destaco que o PSD se preocupou em escolher os melhores que garantissem uma representatividade à altura dos pergaminhos do PSD e que conseguissem conciliar reconhecimento, notoriedade e credibilidade para ganhar eleições, mas, tão importante quanto isto, estivessem seguros de que transportam uma ideia de desenvolvimento, uma estratégia focada nas pessoas."


 

No que respeita às razões racionais, destaco que o PSD se preocupou em escolher os melhores que garantissem uma representatividade à altura dos pergaminhos do PSD e que conseguissem conciliar reconhecimento, notoriedade e credibilidade para ganhar eleições, mas, tão importante quanto isto, estivessem seguros de que transportam uma ideia de desenvolvimento, uma estratégia focada nas pessoas. Esta é uma marca distintiva. Queremos ganhar para fomentar mais oportunidades para as pessoas. Queremos ganhar para promover o equilíbrio e o desenvolvimento. Queremos ganhar porque temos sempre um projeto. Ao contrário, o que se tem visto nos outros partidos, nada é mais importante que ganhar e, quando ganham, nada é mais importante do que manter o poder. Não importa a fazer o quê? O que importa é manter o poder custe o que custar. 

Os nossos autarcas, os autarcas eleitos pelo PSD, têm em regra, como primeira preocupação, proporcionar desenvolvimento e um futuro mais risonho e competitivo, mesmo que isso possa colocar em causa alguma popularidade no presente. O mote é mobilizar a sociedade para um projeto mesmo que a sociedade não esteja ainda desperta para a importância do mesmo.

Mas, há outras razões porque acredito na vitória, são as razões de carácter emocional. Perdemos as autárquicas há 4 anos, em grande parte, porque vivíamos um contexto particular de ajustamento do país com a troika em pleno exercício e com um governo liderado pelo PSD com a missão de compor o país e retirá-lo da pesada herança deixada pelo partido socialista. 

Os portugueses mostraram um cartão amarelo e muitas vezes vermelho aos autarcas do PSD. 

É legítimo eu acreditar que agora os eleitores perceberão que, sem aquele tempo e esforço conjunto dos portugueses, não estaríamos a viver este tempo mais distendido sob o ponto de vista social e económico. Se o estamos a viver é porque houve responsabilidade no passado e como tal, se em 2013, os autarcas do PSD foram penalizados, será justo reconhecerem que hoje se vive com mais alívio porque houve a coragem de tomar as medidas certas e como tal é justo eu acreditar que a população vai dar esta oportunidade aos nossos autarcas.

É justo que hoje, constatando que se vive um tempo mais folgado, os eleitores reconheçam que se deveu a um passado recente de equilíbrio e poupança e que, com mais clareza, encarem positivamente os autarcas do PSD porque dão garantias de competência e lealdade às suas gentes.

 

Álvaro Amaro

Presidente dos Autarcas Social Democratas