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O Conselho Nacional do PSD aprovou esta quarta-feira a designação de Luís Montenegro como recandidato a Primeiro-Ministro por “unanimidade e aclamação”. A votação foi realizada logo na abertura do Conselho Nacional, em Lisboa.
Na intervenção perante os conselheiros nacionais, o Presidente do PSD garantiu que na campanha eleitoral o Governo irá “prestar contas” do que fez, desde logo quanto aos resultados económicos em 2024 e que superaram as expectativas e contrariaram a tese socialista de que o atual Executivo teria um programa irrealizável e estragaria as contas públicas nacionais. “Mobilizámos para este combate o melhor que temos na nossa estrutura e o melhor que temos na nossa estrutura está muito no nosso Governo. Se há coisa que nós vamos fazer nesta campanha eleitoral é prestar contas do que fizemos e é explicar o que vamos fazer”, declarou.
Luís Montenegro recordou que o PS dizia que o Governo iria “estragar tudo aquilo que estava feito nas contas públicas em Portugal”. “E já nem falo em outras instâncias financeiras do país que tinham também uma visão pessimista sobre o impacto que as nossas decisões podiam ter na realidade económica e financeira do país”, acrescentou, numa alusão ao Banco de Portugal.
O recandidato a Primeiro-Ministro assinalou que “os salários em Portugal tiveram um aumento de 7%". “Não obstante termos diminuído os impostos, em particular o IRS, termos atribuído um suplemento extraordinário aos pensionistas na ordem dos 400 milhões de euros, termos começado a atualizar as carreiras de vários setores da administração pública, conseguimos superar todas estas estimativas e fechar o ano de 2024 com um excedente de 0,7%. Conseguimos descer os impostos, ter um aumento dos rendimentos e ter um resultado financeiro muito melhor do que aquilo que estava previsto no Orçamento do Estado para 2024 e do que aquilo que era previsto pelo principal partido de oposição”, afirmou.
O líder do PSD reiterou que o caminho agora é explicar “às pessoas por que é que reforçando o apoio no Governo podem esperar ainda melhores resultados do que aqueles que já fomos capazes de apresentar nestes 11 meses”. “Aquilo que as portuguesas e os portugueses em casa se questionam é: vale a pena mudar de Governo? Para onde? Ou vale a pena reforçar este Governo? Para quê? É isto que um português vai colocar em cima da sua mesa de reflexão. Vamos explicar isso na saúde, na educação, na habitação, na mobilidade, na economia, nas finanças, nos impostos, vamos explicar isso no ambiente, na sustentabilidade, em todas as áreas, na segurança, na imigração”, disse.
Luís Montenegro assegurou que irá fazer no terreno “uma campanha elevada, mas alegre”, “uma campanha de quem está sintonizado com o povo português, uma campanha de quem está conectado com a juventude portuguesa, uma campanha de quem está ligado com a força de trabalho dos trabalhadores portugueses, uma campanha de quem está abraçado aos pensionistas e reformados portugueses”.
O Conselho Nacional aprovou por unanimidade a coligação eleitoral para as eleições legislativas (coligação entre PSD e CDS-PP nos círculos do continente, Madeira e emigração, e ainda com o PPM nos Açores). A proposta da Comissão Política Nacional sobre a lista de candidatos às eleições legislativas de 18 de maio de 2025 mereceu a aprovação por larga maioria, registando apenas três abstenções.