Programa eleitoral do PS é “receita para o desastre”

6 de abril de 2025
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Manuel Castro Almeida considera que o programa eleitoral do PS é “insustentável do ponto de vista financeiro e irrelevante do ponto de vista económico”, “uma receita para o desastre”, “promete tudo a todos, sem fazer contas a nada”, e o resultado seria catastrófico, já que traria a Portugal “o empobrecimento que terminou na bancarrota”.
“Se este programa alguma vez fosse aplicado Portugal voltaria ao tempo do empobrecimento que terminou na bancarrota. Pedro Nuno Santos seria o novo José Sócrates. O PS entrou em roda livre, veio ao de cima o seu lado mais imaturo, menos ponderado”, acusou. 
Este domingo, em Lisboa, numa reação ao programa eleitoral dos socialistas apresentado no sábado, Manuel Castro Almeida, que é cabeça de lista da AD - Coligação PSD/CDS por Portalegre, afirmou que “o desespero se apoderou do PS”. 
Para o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, o programa apresentado por Pedro Nuno Santos “é o fim das contas certas, é o enterro do equilíbrio orçamental do Estado” e “Portugal voltaria a ter défice e voltaria a aumentar a dívida pública”. “Deixaria de ter possibilidade de aumentar as pensões e os salários da função pública, não teria qualquer hipótese de baixar o IRS, deixaria de ter um dos maiores crescimentos da União Europa”, acrescentou.
Questionando o custo das propostas dos socialistas e o seu impacto na estabilidade orçamental, Manuel Castro Almeida comparou o atual líder socialista com José Sócrates. “Pedro Nuno Santos parece José Sócrates em 2010. A diferença é que os portugueses estão mais perto e não querem voltar ao tempo da bancarrota. (…) Decerto não foi por acaso que Fernando Medina não estava presente nesta apresentação”, referiu.
Nesse quadro, Manuel Castro Almeida entende que o PS “está a abandonar a política de contas certas”, o que não é de admirar, porque “Pedro Nuno Santos valoriza pouco as contas certas”, ao contrário de outros socialistas, como Mário Centeno, Fernando Medina ou António Costa, que sempre as valorizaram.
“Tudo depende da mistura de políticas. O que é necessário é que, no fim de tudo, considerando todas as despesas e todas as receitas, haja equilíbrio orçamental. E a AD o que defende é equilíbrio orçamental e é isso que estamos a praticar”, apontou, acentuando que “o PS quebra este consenso que em Portugal se gerou em torno das contas certas”.
Manuel Castro Almeida sublinha que os tempos que vivemos exigem “muita prudência”, mas não a “irresponsabilidade” dos socialistas, que promovem “o grau zero da responsabilidade política e financeira” e querem “distribuir riqueza que não cria”.