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José Silva Peneda defende “um grande compromisso entre as forças políticas mais representativas” para resolver os problemas estruturais da Segurança Social. O coordenador para a área da Solidariedade do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD considera essencial encontrar outras formas de financiamento para a Segurança Social, que não apenas com origem no fator trabalho. “O pior que pode acontecer, tanto na política económica, como nas políticas sociais, é andar aos ziguezagues. É preciso estabilidade em algumas políticas e na área da Segurança Social é fundamental que haja um grande compromisso entre as forças políticas mais representativas”, afirmou.
José Silva Peneda, que falava em Aveiro, este sábado, numa Convenção do CEN dedicada à “Solidariedade e Sociedade de Bem Estar”, insistiu numa cultura de compromisso para alcançar um entendimento numa área que, na sua opinião, deve ser objeto de uma reforma “incrementada” e “não abrupta”. “Nós temos uma cultura de compromisso e as nossas propostas não são propostas dogmáticas, no sentido de dizer que é isto ou nada. São propostas que visam contribuir para consensos e compromissos com outras forças políticas, para ajudar a resolver os problemas da Segurança Social e das desigualdades porque são problemas que uma força política, por mais poder que tenha, não os resolve”, disse.
O combate às desigualdades de rendimentos e territoriais foi outro dos temas a que Silva Peneda aludiu no final em declarações à imprensa e que foi debatido na convenção: “Não temos a ideia de que as desigualdades possam ser resolvidas com mais uma esmola, ou mais um subsídio”, acentuou.
O ex-Presidente do Conselho Económico e Social entende que o Estado e os governos devem dignificar a classe média. “Entendemos que o País não se pode desenvolver sem uma classe média forte e pujante e o reforço dessa classe média e só se faz combatendo a pobreza e fazendo com que o elevador social funcione”, declarou.
Esta Convenção insere-se num ciclo de sessões temáticas que o PSD tem vindo a realizar por todo o País, iniciativas abertas a militantes e simpatizantes, que contam com vários especialistas, e que visam “a definição de estratégias e políticas para a resolução dos problemas” que preocupam os portugueses.