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Na Quinta da Malafaia, em Esposende, este domingo, Rui Rio vincou as diferenças entre o PSD e os socialistas na campanha para as europeias. “Ao contrário dos nossos adversários, nós não queremos esconder Paulo Rangel. Pelo contrário, queremos mostrá-lo bem para que possam votar nele. Escolhemos uma lista para mostrar e para ser votada e não para esconder. O Presidente do PSD está com a lista, apoia a lista, mas não é o candidato”, frisou.
O Presidente do PSD recorda que o PS é responsável pela degradação dos serviços públicos – na saúde, na educação, na proteção civil e na economia –, e defendeu que só o voto nos candidatos social-democratas pode “puxar para a frente” o País. Rui Rio acusa o Governo de sobrecarregar os portugueses com “a maior carga fiscal de sempre” e de não ter feito “reformas estruturais”, porque “dão trabalho e são impopulares”. “Lembramo-nos quando o ministro Vítor Gaspar chegou à televisão disse que íamos ter um brutal aumento de impostos. Hoje quase que teríamos saudades desse brutal aumento de impostos (…), porque os portugueses nunca pagaram tantos impostos como agora na governação do Partido Socialista”, afirmou.
Comentando o tema dos passes sociais, Rui Rio denunciou os graves problemas na oferta dos transportes na Margem Sul de Lisboa e na ligação urbana entre Sintra e Lisboa. “Se a ideia era pôr mais portugueses a andar de transportes públicos, porque passaram a ser mais baratos – e a ideia é uma boa ideia – o gato estava escondido com o rabo de fora, porque não melhoraram a oferta: as pessoas pagam passes mais baratos, mas não têm condições para serem transportadas”, disse.
Rui Rio referiu-se também às nomeações de familiares para o Executivo e para o aparelho do Estado. “Temos de hoje a oito dias a oportunidade de mostrar ao PS que os portugueses não estão de acordo, não podem apoiar um Governo que utiliza o poder para meter familiares e amigos do PS por tudo o que é administração pública em Portugal”, apontou. Recuperando a máxima de Sá Carneiro – primeiro Portugal, depois o PSD e a seguir os interesses pessoais -, Rui Rio diz que o PS faz precisamente o contrário: “Primeiro a família, depois o PS e depois Portugal”.
O Presidente do PSD considera “decisivo” para o resultado eleitoral no dia 26 de maio que a abstenção seja inferior em relação a 2014. “Nas últimas europeias votaram menos de um terço dos eleitores: em cada dez pessoas que encontrámos na rua, só três votaram. Aquilo que vos peço é que sensibilizem as pessoas para votar nestas eleições europeias”, alertou. Rui Rio salienta que a “Europa é cada vez mais importante nas nossas vidas e entra nas nossas casas mais do que possamos entender”.
Depois de um discurso de cerca de 20 minutos, o Presidente do PSD tocou bateria perante os 2500 apoiantes, que encheram por completo a Quinta da Malafaia.