Rui Rio: a ambição do PSD é “ganhar as eleições”

10 de maio de 2019
PSD

Rui Rio reitera que o PSD tem um objetivo: ganhar as eleições europeias. No encerramento da convenção temática dos Assuntos Europeus do Conselho Estratégico Nacional (CEN), esta quinta-feira, em Lisboa, o Presidente do PSD acredita que, no dia 26 de maio, os portugueses vão dar um voto de confiança nos candidatos social-democratas. “Nós não vamos para eleições para subirmos muito, nós vamos para eleições para ganhar. Para ganhar temos de subir 13, 14 ou 15%. E eu estou convencido que da forma como a campanha está a correr – teve este interlúdio, mas vai continuar depois dos próximos atos – e estou convencido que vamos para as eleições com a ambição de ganhar”, apontou.

Rui Rio frisa que o PSD tem os melhores candidatos, contrariamente ao PS, que apresenta “uma prateleira dourada” de antigos governantes de José Sócrates. “Ouviram o último da lista a falar [Miguel Poiares Maduro]. Se o último é desta qualidade, como é que não são os outros”, afirmou Rui Rio, merecendo o aplauso da plateia.

Segundo Rui Rio, a degradação dos serviços públicos e o estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde mostram a incapacidade do atual Governo em resolver os problemas do País. “E não se esqueçam também que há quem utilize o poder para depois distribuir os amigos e a família socialista por tudo quanto é cargo público”, acrescentou.

Sobre a recuperação integral do tempo de serviços dos professores, Rui Rio fez voltou a denunciar a “peça de teatro” montada pelo Primeiro-Ministro: “Pedir ao PS que vote a favor de uma cláusula que vise pôr um travão financeiro é a mesma coisa que pedir ao peru para votar a favor do Natal. Por isso, não tenho grandes expectativas”.

Rui Rio acusa António Costa de “défice de sentido de Estado”, considerando que a obrigação de um Primeiro-Ministro é garantir a estabilidade.

Paulo Rangel: visão do PSD é “pró-europeia”

O cabeça de lista do PSD às europeias assinalou também as diferenças entre as propostas social-democratas, que são “realistas”, e o idealismo do manifesto do PS. “O PS tem um manifesto que basicamente é um ato romântico, utópico, idealista. Isto olhando com boa fé, se olharmos de outra maneira podemos dizer que visa enganar os cidadãos”, acusou.

Paulo Rangel diz que o contrato socialista para a União Europeia é irrealizável. “Nós temos uma visão da Europa que é pró-europeia, a favor da integração. Mas é uma visão realista. Nem tudo é possível na Europa. É preciso ser ambicioso, mas ter os pés assentes na terra. Se nós queremos mudar alguma coisa, temos de fazer propostas realistas, não devaneios ou propostas que não são para levar a sério”, declarou.

Miguel Poiares Maduro: PS e o Governo são “os campeões do Photoshop”

No encerramento da Convenção, e que também assinalava o Dia da Europa, Miguel Poiares Maduro, candidato do PSD às eleições europeias, aludiu aos acontecimentos dos últimos dias. “Um empresário que foge aos impostos não é um empresário de sucesso, mas um aldrabão; quem sabe de crime e não denuncia é um cobarde; um futebolista que cava um penálti é um batoteiro. Um político que inventa factos e se move apenas oportunismo nunca será um político de sucesso, será um homem sem princípios com ocasional sucesso político”, afirmou.

O ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional recorda que o PS e o Governo são “os campeões do Photoshop” por continuarem a “apagar” as referências ao Executivo de José Sócrates. “Ouvir o PS falar de responsabilidade orçamental é o mesmo que ouvir um pirómano apresentar um plano de combate aos incêndios”, criticou, manifestando estranheza por António Costa exigir à oposição uma responsabilidade que “diz nunca ter esperado daqueles que escolheu para parceiros de governação”.