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“Os 116 mil precários foram atados a uma máquina brutal de propaganda”, acusou esta quarta-feira Carla Barros na audição a Mário Centeno na Comissão de Trabalho e Segurança Social. Referiu que os trabalhadores precários estão a ser utilizados como “um meio para alcançar um fim: ganhar as eleições que não ganharam [PS] em 2015”.
“É preciso denunciar o clientelismo que pode estar em torno deste processo pouco transparente e pouco sério”, reforçou a social-democrata. “Sabemos que há uma forte intenção de regularizar situações precárias recentes, ao invés de priorizar a precariedade de décadas”, salientou. Afirmou ser importante “avaliar se este trabalho está a ser feito de forma séria ou se não estão aqui mecanismos pouco claros”.
A deputada denunciou que, atualmente, “aquilo que se vive é uma verdadeira encenação dramática”, pois, segundo argumentou, “a opinião pública carrega a ideia de que os funcionários públicos têm sido os maiores beneficiários”. “É mentira”, disse, explicando que, por exemplo, persistem trabalhadores a cumprir as 40 horas semanais, enquanto outros cumprem 35.
Referindo-se às Comissões de Avaliação Bipartidas, Carla Barros lembrou os contratempos que se têm verificado: “os critérios não estão a ser usados de forma uniformizada; os representantes dos trabalhadores têm solicitado informação que não é facultada”. “É necessário que o sr. ministro possa esclarecer se tem conhecimento do que se tem passado”, desafiou.