Pedro Passos Coelho na Assinatura do Acordo Portugal 2020

30 de julho de 2014
PSD

O
Primeiro-Ministro afirmou hoje que o Portugal 2020 deverá «criar uma cultura
política nova» na qual «o Estado deve ser exemplo de parcimónia e
independência» de forma a desenvolver «uma economia que não esteja nas mãos de
meia dúzia de grupos económicos e sociais», mas «ao serviço de todos os
portugueses e do desenvolvimento de Portugal».

Pedro Passos
Coelho discursava na assinatura do Acordo de Parceria 2014-2020 entre Portugal
e a União Europeia que vai disponibilizar o financiamento de mais de 25 mil
milhões de euros para o programa Portugal 2020.

"[A
expectativa é que seja] uma economia que não esteja nas mãos de meia dúzia de
grupos económicos e sociais mas ao serviço de todos os portugueses e do
desenvolvimento de Portugal", disse.

Pedro Passos
Coelho referia-se à formalização do acordo de parceria com a Comissão Europeia
em que ficou definido que montante de dinheiro viria de Bruxelas para o país.
Segundo informou o órgão executivo da União, 21,46 mil milhões de euros serão
aplicados no âmbito da coesão, 4,06 mil milhões irão para o desenvolvimento
rural e 392 milhões para o sector das pescas ao longo do período 2014-2020.

"No
contexto de recuperação económica e financeira, os recursos são decisivos para
o crescimento da nossa economia. E serão, de facto, decisivos se conseguirmos
alterar o sistema de incentivos que vem do passado", acrescentou o
primeiro-ministro. Nos próximos sete anos, os incentivos irão, disse Passos
Coelho, para dedicar às empresas e à competitividade "e não a outros
aspectos que foram mal cumpridos no passado".

"Está
ao alcance de Portugal fazer a diferença com o que se passou no seu
passado", disse o chefe de Governo que considera que não foi por falta de
dinheiro que Portugal não convergiu para o resto da Europa nas últimas décadas.

O
Primeiro-Ministro agradeceu ao Presidente da Comissão Europeia e ao colégio de
comissários «ter proporcionado a Portugal um resultado importante» nesta
negociação, que envolveu também todos os outros Estados-membros da UE com
resultados diversos.

Agora, «que
o segundo mandato de influência do Presidente da Comissão está a terminar» deve
ser sublinhado «o contributo relevante para a coesão da União Europeia e para a
sua capacidade de sonhar mais além», bem como o facto de ter sido dado por um
português.

Pedro Passos
Coelho referiu-se ainda ao europessimismo que atravessa algumas camadas da
sociedade europeia e portuguesa, afirmando que «não teríamos conseguido vencer
as dificuldades que vencemos fora da Europa (de uma Europa que também aprendeu
com a crise)», nem ter hoje «a visão de esperança para o futuro.

O Acordo de
Parceria representa 21,46 mil milhões de euros no âmbito da política de coesão,
4,06 mil milhões no âmbito do desenvolvimento rural e 392 milhões no âmbito das
pescas.