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Paulo Rangel apelou ao “voto útil” no PSD para “derrotar António Costa”. “Se querem derrotar António Costa só há uma alternativa e essa alternativa é votar no PSD. Todo o voto fora do PSD é um voto fútil, todo o voto no PSD é um voto útil”, defendeu.
Num jantar-comício na Quinta da Malafaia, Esposende, este domingo, o cabeça de lista do PSD recorda que foi o Primeiro-Ministro a “pôr a teste as políticas do Governo” na eleição ao Parlamento Europeu. “Nós não temos medo” do teste, disse Paulo Rangel, considerando que António Costa “nunca foi a votos vencer eleições nacionais” sendo as europeias uma “oportunidade” para os eleitores “castigarem o Governo”. “Se acham que o Governo governa bem, então sabem em quem devem votar. Mas nós não podemos aceitar o que acontece com a saúde e com a segurança social”, criticou, reforçando que “só há um voto útil contra o PS” que é “um voto no PSD, um partido moderado, equilibrado e responsável”.
Paulo Rangel diz que António Costa é “o verdadeiro candidato, que aparece em todo o lado”, afirmando que se há um partido que “não é capaz de honrar” o seu cabeça de lista, esse partido não merece o voto dos portugueses”. “Se nós queremos castigar o Governo, se queremos reprovar o cabeça de lista que não esclarece se vai exercer o mandato, é ir votar no único voto útil”, disse.
Paulo Rangel explorou as “contradições” entre “Costa e Marques e entre Marques e Costa”, referindo que o Primeiro-Ministro “desautorizou e pôs na sombra” o seu cabeça de lista ao “reconhecer, pela primeira vez, que afinal há um corte de 7%” nos fundos de coesão.
O cabeça de lista do PSD às eleições europeias começou no domingo a campanha em Valença, numa ação de rua, onde alertou para o problema da abstenção. “É preciso combater a abstenção e depois votar com atenção”. A abstenção é, segundo o eurodeputado, “uma questão democrática que está antes dos próprios partidos”. “Claro que queremos motivar as pessoas a votar no PSD, mas é muito importante que os portugueses se mobilizem para votar nas europeias”, acentuou.
Paulo Rangel, que esteve durante a tarde em contacto com a população de Ponte de Lima e dos Arcos de Valdevez, reiterou que o PSD vai continuar até ao final da campanha a “denunciar as políticas erradas do PS” de “cortes e cativações” em áreas importantes como a saúde, a segurança de pessoas e bens e a segurança rodoviária para “chegar às metas europeias”.
Paulo Rangel insiste que o Secretário-geral do PS “está preocupado com a dinâmica europeia”, reforçando que “se estivesse tranquilo não precisava de fazer ataques com base em pressupostos que não são verdadeiros”. “O que eu vejo é que António Costa está muito nervoso e obcecado não só com o PSD, mas com o cabeça de lista do PSD. Eu gosto de debater com o Primeiro-Ministro, mas tem é de ser com base em pressupostos verdadeiros e não com base em pressupostos falsos”, declarou.
O candidato apresentou as principais propostas do programa do PSD às europeias, destacando a criação de um “programa de luta contra o cancro, que vai colocar pela primeira vez a saúde entre as políticas públicas europeias”, a criação de uma “força de proteção civil europeia” e políticas comuns para o aumento da natalidade.