Paulo Rangel: só o “voto útil” no PSD pode “derrotar” os socialistas

20 de maio de 2019
PSD

Paulo Rangel apelou ao “voto útil” no PSD para “derrotar António Costa”. “Se querem derrotar António Costa só há uma alternativa e essa alternativa é votar no PSD. Todo o voto fora do PSD é um voto fútil, todo o voto no PSD é um voto útil”, defendeu.

Num jantar-comício na Quinta da Malafaia, Esposende, este domingo, o cabeça de lista do PSD recorda que foi o Primeiro-Ministro a “pôr a teste as políticas do Governo” na eleição ao Parlamento Europeu. “Nós não temos medo” do teste, disse Paulo Rangel, considerando que António Costa “nunca foi a votos vencer eleições nacionais” sendo as europeias uma “oportunidade” para os eleitores “castigarem o Governo”. “Se acham que o Governo governa bem, então sabem em quem devem votar. Mas nós não podemos aceitar o que acontece com a saúde e com a segurança social”, criticou, reforçando que “só há um voto útil contra o PS” que é “um voto no PSD, um partido moderado, equilibrado e responsável”.

Paulo Rangel diz que António Costa é “o verdadeiro candidato, que aparece em todo o lado”, afirmando que se há um partido que “não é capaz de honrar” o seu cabeça de lista, esse partido não merece o voto dos portugueses”. “Se nós queremos castigar o Governo, se queremos reprovar o cabeça de lista que não esclarece se vai exercer o mandato, é ir votar no único voto útil”, disse.

Paulo Rangel explorou as “contradições” entre “Costa e Marques e entre Marques e Costa”, referindo que o Primeiro-Ministro “desautorizou e pôs na sombra” o seu cabeça de lista ao “reconhecer, pela primeira vez, que afinal há um corte de 7%” nos fundos de coesão.

O cabeça de lista do PSD às eleições europeias começou no domingo a campanha em Valença, numa ação de rua, onde alertou para o problema da abstenção. “É preciso combater a abstenção e depois votar com atenção”. A abstenção é, segundo o eurodeputado, “uma questão democrática que está antes dos próprios partidos”. “Claro que queremos motivar as pessoas a votar no PSD, mas é muito importante que os portugueses se mobilizem para votar nas europeias”, acentuou.

Paulo Rangel, que esteve durante a tarde em contacto com a população de Ponte de Lima e dos Arcos de Valdevez, reiterou que o PSD vai continuar até ao final da campanha a “denunciar as políticas erradas do PS” de “cortes e cativações” em áreas importantes como a saúde, a segurança de pessoas e bens e a segurança rodoviária para “chegar às metas europeias”.

Paulo Rangel insiste que o Secretário-geral do PS “está preocupado com a dinâmica europeia”, reforçando que “se estivesse tranquilo não precisava de fazer ataques com base em pressupostos que não são verdadeiros”. “O que eu vejo é que António Costa está muito nervoso e obcecado não só com o PSD, mas com o cabeça de lista do PSD. Eu gosto de debater com o Primeiro-Ministro, mas tem é de ser com base em pressupostos verdadeiros e não com base em pressupostos falsos”, declarou.

O candidato apresentou as principais propostas do programa do PSD às europeias, destacando a criação de um “programa de luta contra o cancro, que vai colocar pela primeira vez a saúde entre as políticas públicas europeias”, a criação de uma “força de proteção civil europeia” e políticas comuns para o aumento da natalidade.