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“Este debate mostra bem o que o PSD tem denunciado nos últimos tempos: uma campanha de propaganda tóxica que o Governo tem realizado para tentar branquear as falhas que existiram no combate aos incêndios do ano passado”, acusou hoje Nuno Serra, durante o debate de preparação da próxima época de incêndios.
O social-democrata afirmou ainda que “esta campanha não tem deixado o Governo preparar a época de incêndios como devia de ser. O que temos hoje é um País sem meios e sem estratégia sustentável” no combate aos fogos rurais.
“O Governo e a esquerda continuam a usar a floresta como moeda de troca política, ou como forma fácil de fazer propaganda”, mas fecham os olhos “ao verdadeiro problema da floresta em Portugal, que assenta na falta da promoção económica no mundo rural e na necessidade que estas atividades rurais e a floresta têm de ser devidamente valorizadas e rentabilizadas”, destacou.
O PSD questionou ainda o Governo sobre o que está a ser feito para 2018, pois “parece que este ano estamos ainda mais atrasados do que no ano passado”, acusou Duarte Marques.
Hoje, a menos de dois meses, “os bombeiros e comandantes distritais ainda não sabem quantos veículos e equipas de ataque ao fogo” vão ter. Também as corporações ainda não sabem “o que a Autoridade Nacional de Proteção Civil quer delas, estão às escuras, porque o Governo concentra-se apenas e só na propaganda”.
O deputado social-democrata afirmou que quem anda no terreno “a falar com os bombeiros e os militares” percebe que o que está a ser executado são “fluxogramas e powerpoints, estudos e estratégias”, o que resulta em haver muitos planos, mas “pouco está feito”.
“Para quando teremos realmente todos os meios efetivamente garantidos e para quando a tão propalada lei orgânica na Proteção Civil, que nos anuncia com prazo marcado a 31 de março e já estamos em abril?”, questionou Emília Cerqueira.
A deputada do PSD confrontou ainda o ministro da Administração Interna com as notícias que davam conta do falhanço do Governo na contratação de meios aéreos, afirmando que de um lado “temos um discurso, e do outro a realidade”.
Emília Cerqueira relembrou ainda que o PSD apresentou, na Assembleia da República, cinco propostas relativas a esta matéria “que não foram tidas em conta”.
Pedro Pimentel foi peremptório ao afirmar que “à parte de todo o enredo em torno da limpeza do mato e do corte de árvores em torno das habitações, a preparação é pouca”. O deputado do PSD confrontou ainda os ministros da Administração Interna e da Agricultura com perguntas às quais ainda não deram resposta.
“Que área já foi sujeita ao fogo controlado na presente época?”, questionou Pedro Pimentel, para saber se foi maior ou menor do que em outros anos. Apesar de saber que são precisas condições muito específicas para esta prática, “não nos parece razoável que se desperdicem estas oportunidades com burocracias acrescidas por parte da Administração Central”.
