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Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, para a maioria de esquerda, “a austeridade na floresta é para ficar e para ser agravada”. O tema da floresta esteve, esta sexta-feira em debate no plenário da Assembleia da República. Maurício Marques, deputado do PSD, começou por alertar que “a floresta portuguesa tem sido objeto de muitas considerações, muitas propostas, muitas iniciativas legislativas, no entanto, no terreno pouco ou nada se verifica”.
Maurício Marques considera que a iniciativa comunista contém “soluções para os problemas da produção lenhosa”, mas é um “verdadeiro atentado à iniciativa privada e a um setor, que apesar de todas as vicissitudes, muito acrescenta à economia nacional”.
“Em 2016, o investimento público na floresta diminuiu, diminuindo também todas as ações de prevenção florestal. O PCP ainda não percebeu que as áreas que mais aumentaram nos últimos anos, em Portugal, foram exatamente as áreas de matos e incultos, justamente por falta de rentabilidade da floresta, por isso vem apresentando medidas, que a serem implementadas, mais abandono provocariam no verdadeiro mundo rural”, sublinhou o deputado.
O PCP afronta todos aqueles que acrescentam valor aos produtos florestais, nomeadamente produtores, madeireiros e indústria transformadora. “Compreendemos que o PCP queira estatizar toda uma fileira, geradora de riqueza e criadora de milhares de postos de trabalho, tal como o fizeram noutros tempos, aguardamos para ver as reações dos seus parceiros da atual maioria”, acrescentou.
Relativamente ao projeto de resolução do CDS, que vem recomendar ao Governo que promova um programa de promoção e utilização de biomassa agroflorestal para autoconsumo, o deputado social-democrata elogia a intenção, mas considera duvidar da sua aplicação prática. “A utilização direta pelo consumidor de biomassa agroflorestal tem demasiados riscos associados, pois o poder calorífico de tais resíduos é demasiado baixo, o que obrigaria, contrariamente ao que é dito, à existência de geradores térmicos de grande dimensão”, ressalvou.
Parlamento aprova projetos de resolução do PSD
A Assembleia da República aprovou, por unanimidade, esta sexta-feira em plenário, três projetos de resolução da autoria do PSD, através dos quais recomenda ao Governo que inclua vários concelhos da região centro do País no projeto-piloto de ordenamento florestal. Os diplomas recomendam mais apoios para a rearborização. Os diplomas abrangem os concelhos de Mação, Oleiros, Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Proença-a-Nova, Gavião e Nisa.