Especialização médica: Governo coloca “em causa” futuro dos jovens e qualidade do SNS

18 de janeiro de 2018
PSD

Para o PSD, colocar a especialização médica em causa é colocar em causa o futuro destes jovens profissionais e a qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, alertou esta quinta-feira Simão Ribeiro, em plenário. Esteve em discussão uma “petição através da qual 4138 jovens portugueses solicitam o justo, e mais do que justo, importante acesso à formação médica”, explicou.

O deputado social-democrata criticou PS, BE e PCP por insistirem na sua “desresponsabilização política”, na medida em que, apesar de o atual Executivo estar em funções desde 2015, continuam “a dizer que a culpa é do PSD e do CDS-PP”.

Até 2015, todos os jovens médicos tiveram acesso à formação médica especializada”, esclareceu Simão Ribeiro. “Em 2015, 114 jovens médicos ficaram sem acesso e em 2016 foram 158”. “Em 2017, serão sabe-se lá quantos”, apontou ainda.

Quem é que tem governado Portugal nos últimos anos?”, perguntou o deputado para, logo, responder: “o PS, com a conivência do BE, PCP e d’Os Verdes”. Acusou, assim, o Governo de não ter dado “uma resposta cabal” e salientou que esta situação “evidencia uma terrível e preocupante realidade de desperdício de recursos humanos”. Fez, também, referência a notícias recentes que dão conta de que há “jovens médicos a serem explorados, a violarem as regras da carreira, a serem forçados a fazerem urgência”.

Foi neste sentido que Simão Ribeiro desafiou o Executivo a proceder a um “planeamento integrado e estrutural de toda a formação médica”. “A incapacidade do Governo em criar esta solução tem contribuído, infelizmente, para o afastamento de centenas de jovens médicos do SNS”, denunciou.

O PSD considera que o Governo deve, em colaboração com a Ordem dos Médicos, fazer um estudo exaustivo daquilo que são as capacidades e idoneidades formativas”, destacou. “Toldar esta visão por questões ideológicas é cortar o futuro dos jovens médicos portugueses e a qualidade do próprio SNS”, acrescentou.