Economia portuguesa deverá crescer 1,7% este ano com défice de 3% do PIB

31 de março de 2015
PSD

A Moody’s acredita que a economia portuguesa vai crescer 1,7% em 2015 e 1,8% em 2016. Já o défice deverá fixar-se em 3% do PIB no final deste ano. As estimativas para o crescimento do PIB vão, assim, ao encontro das previsões do próprio Banco de Portugal que, na semana passada, reviu em alta a previsão de crescimento para este ano de 1,5% para 1,7% do PIB.

Portugal deverá beneficiar dos resultados das reformas estruturais e da aceleração do crescimento económico nos próximos anos. Contudo, avisa que o peso da dívida continua a ser um desafio.

"Esperamos que o crescimento económico real de Portugal acelere para 1,7% e 1,8% em 2015 e 2016, respectivamente, devido ao crescimento da procura interna e a uma força renovada das exportações", justifica a agência de notação num relatório anual sobre Portugal, que serve para actualizar a informação aos mercados, não constituindo uma acção de ‘rating’. 

"A implementação de reformas estruturais abrangentes ao longo dos últimos anos deverá sustentar um ritmo de crescimento económico mais forte, enquanto as medidas de consolidação orçamental vão ajudar a reduzir gradualmente o peso da dívida do país. No entanto, os níveis de dívida de Portugal continuam a ser muito elevados", avisa a agência de ‘rating’.

No relatório divulgado ao mercado, a Moody’s defende que a recuperação económica dos principais parceiros comerciais de Portugal na Zona Euro, juntamente com melhorias estruturais de competitividade, deverá resultar numa maior procura pelas suas exportações.

 A agência de ‘rating’ reconhece que a consolidação orçamental de Portugal tem sido forte, e espera que a dívida pública comece a diminuir a partir deste ano para baixar de 125% do PIB até ao final de 2016. Além disso, a agência de notação prevê que o défice orçamental de Portugal continue a diminuir, atingindo os 3% do PIB este ano. Uma melhoria significativa que a Moody’s acredita que será o resultado do fortalecimento da economia, e não das reformas estruturais, em contraste com os últimos anos.