Crescimento da economia ficou muito aquém das expectativas

14 de fevereiro de 2017
PSD

“A estratégia do Governo revelou-se desacertada”, afirmou esta terça-feira o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, aquando de uma visita às empresas de produção de máquinas agrícolas Joper e Tomix, em Torres Vedras. Em causa estão os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,4% em 2016, abaixo do crescimento de 1,6% alcançado em 2015 e muito aquém das promessas do Partido Socialista durante a campanha eleitoral.

O presidente do PSD defende uma “alteração de política económica” que “o Governo tenha a humildade de concretizar”. Pedro Passos Coelho explicou que, “quando a poupança é sacrificada, como foi em 2016, o próprio investimento interno é penalizado”. O “desempenho pior” da economia, quando comparada com 2015 (em que o PIB aumentou 1,6%), “foi suportada pelo aumento do consumo" e deve-se à falta de investimento, relembrou Pedro Passos Coelho.

A economia cresceu. Contudo, e contrariamente ao que o Governo parece querer transmitir, este crescimento ficou abaixo estimativas anteriores. Há dados que importa, agora, relembrar.

No cenário macroeconómico, apresentado em abril de 2015, o Partido Socialista previa um crescimento de 2,4%. Mais tarde, e já no governo, o Executivo prometia (quer no Orçamento de Estado 2016, quer no Programa de Estabilidade) um crescimento de 1,8%.

Esta redução de expectativas é ainda mais visível quando se olha para o Orçamento de Estado 2017, em que o crescimento do PIB foi revisto em baixa (1,2%), só assim o resultado poderia vir a ser superior.

Além de ter ficado aquém das expectativas criadas pelo governo de António Costa, o crescimento hoje apresentado é inferior, em 0,2 pontos percentuais, quando comparado com o registado pelo governo anterior. Em 2015, o executivo liderado por Pedro Passos Coelho registava um aumento do PIB em 1,6%. O país tinha saído da crise e o crescimento acontecia de forma sustentada.

Para o PSD, a economia deve crescer com qualidade, atraindo o investimento e promovendo mais e melhores oportunidades. O modelo económico não deve estar assente em salários baixos ou apenas no consumo em detrimento da poupança.