A AD - Coligação PSD/CDS tem um projeto muito diferente da CDU

8 de abril de 2025
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No primeiro debate televisivo para as eleições legislativas, esta segunda-feira, Luís Montenegro reafirmou que respeitou a legalidade e cumpriu todas as obrigações éticas antes e durante o exercício do cargo de Primeiro-Ministro. “Eu não tive benefício nenhum, desde que sou Presidente do PSD, da empresa da qual fui fundador e sócio até 30 de junho de 2022. (…) Não houve nenhuma contaminação das minhas funções políticas por empresas privadas”, assegurou. 
Durante os 32 minutos de debate, na TVI, o Presidente do PSD reforçou o compromisso com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que “é o esteio da Saúde”, insistiu na complementaridade com o setor privado e social em situações específicas, desde que haja ganhos na prestação de cuidados de saúde aos portugueses. “O que queremos privilegiar, é a pessoa que precisa de uma resposta ou a obsessão ideológica de ser tudo propriedade do Estado”, questionou. 
Luís Montenegro renovou o compromisso eleitoral de dar médico de família a todos os utentes. “Vamos renovar a promessa e vamos renovar o esforço para a poder cumprir”, referiu, apelando a que “não se levantem fantasmas” sobre a prioridade central do SNS no programa da AD.
No plano fiscal, o líder do PSD sublinhou que “o Governo baixou os impostos sobre os rendimentos do trabalho” e sobre as empresas. “Nós tínhamos inscrito no Orçamento do [Estado para] 2024, pelo PS, uma receita do IRC na casa dos 8 mil milhões de euros. Sabe qual foi a receita do IRC com base no crescimento e no desempenho económico? Foram mais de 10,2 mil milhões de euros. Ou seja, quando nós temos uma economia competitiva e que cria riqueza, nós superámos, em mais de 2 mil milhões de euros, a estimativa da receita do IRC”, afirmou.
O candidato a Primeiro-Ministro acusou o PS de estar alinhado com o PCP em matéria fiscal e económica, explicando que a descida do IRC visa “libertar tesouraria das empresas” para poderem pagar melhores salários e canalizarem investimento em tecnologia e reforço da competitividade. 
Luís Montenegro lembrou que o Governo aumentou pensões e o Complemento Solidário para Idosos, subiu a comparticipação dos medicamentos para idosos, apoiou os jovens na compra de casa e firmou “acordos de valorização das carreiras de 17 áreas da administração pública”. 
O líder social-democrata destacou o empenho do Executivo na construção de habitação pública, apontando que está em curso a edificação de 59 mil casas. A este propósito, o Presidente do PSD ironizou que “é cada vez mais difícil, até para um comunista, não votar na força política que está a liderar a governação”.
No domínio da Defesa, Luís Montenegro referiu que o investimento neste setor não substitui, mas “complementa as políticas sociais”, gera emprego, potencia tecnologia e protege a segurança nacional. “Nós não trocamos as políticas sociais para o investimento em Defesa. São duas coisas cumulativas. Nós, quando apoiamos, por exemplo, a Ucrânia, apoiamos a defesa dos direitos humanos, da integridade do território, as suas liberdades. Apoiamos a democracia”, expressou.
Neste confronto televisivo com Paulo Raimundo, Luís Montenegro resumiu que a AD e a CDU seguem e praticam duas visões completamente distintas sobre Portugal e o mundo. “Temos uma questão de fundo, um confronto entre dois projetos”, sintetizou.