Portugal deve preparar-se para uma “segunda vaga” da pandemia

14 de maio de 2020
Grupo Parlamentar

Rui Rio considera a reabertura das creches e o acesso às praias na época balnear as duas “situações mais difíceis de resolver” no contexto de desconfinamento progressivo da sociedade, depois da paragem no estado de emergência.

No final de uma audiência com o Primeiro-Ministro, em São Bento, esta quinta-feira, Rui Rio defende que, no caso das creches, é “preciso monitorizar a situação e ajustar em junho em face do resultado”, verificando se há ou não muitas crianças infetadas.

Neste contexto, o Presidente do PSD reafirma que a partir de junho Portugal tem de preparar-se para uma eventual “segunda onda” da pandemia de covid-19 no Inverno. Para Rui Rio, o país “deve aprender a lidar com a situação”, embora se deseje que essa segunda vaga não venha a ocorrer. “Se isso acontecer, não podemos encerrar a sociedade e a economia da mesma forma como foi encerrada em abril, porque a economia, pura e simplesmente, não aguenta. No mês de junho, temos de aprender como fazer no caso de termos uma segunda onda, em que vamos ter de fechar alguma coisa, mas não podemos fechar tudo", salientou.

Após este encontro de uma hora e meia, Rui Rio reafirma que o momento é de “colaboração e de convergência” com o Governo na atual crise, mas isso não significa abdicar de uma intervenção crítica “noutras matérias”. “Tivemos e vamos continuar a ter uma postura de cooperação com o Governo relativamente ao combate à pandemia. Durante dois meses, a política restringiu-se só a isso. Nos últimos dias começaram a aparecer outras matérias. A postura não é a mesma, é uma postura de oposição”, disse.