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O Grupo Parlamentar do PSD requereu a audição de um conjunto de entidades sobre os impactos ambientais e sociais da expansão dos parques solares e, decorridas as mesmas, ficou evidente para os social-democratas que estamos perante a ausência de planeamento territorial – a expansão das centrais solares tem obedecido a critérios económicos, energéticos e financeiros descurando critérios de sensibilidade ambiental.
Quer as associações de defesa do ambiente, quer a Associação Nacional dos Municípios Portugueses evidenciaram esta realidade, queixando-se da ausência de informação sobre os projetos em curso, não existindo números fidedignos sobre a área a ser ocupada por centrais solares. A Direção-Geral de Energia e Geologia respondeu a esta pergunta com um “palpite” de que poderão estar em causa “10 mil a 15 mil hectares”, o que denota ausência de rigor e desvalorização da importância deste assunto.
A evolução rápida da instalação de parques solares traz novos desafios e dificuldades ao nível do planeamento energético, do ordenamento do território e da proteção dos recursos naturais (solo, água, biodiversidade). Só com uma visão sistémica sobre as transformações em curso será possível acautelar os problemas. Neste momento, começam a observar-se crescentes conflitos ao nível do uso do solo. É tempo de antecipar problemas e soluções para que se consigam aproveitar as vantagens da energia solar.
Tal como o PSD alerta, corremos o risco de estar a resolver um problema criando outros ainda piores ao mesmo tempo, degradando os recursos naturais e prejudicando as comunidades locais, sem benefício direto.