Consulta Aberta do Hospital do Arcebispo João Crisóstomo não pode permanecer encerrada

10 de setembro de 2020
Grupo Parlamentar

Para o Partido Social Democrata, o encerramento da Consulta Aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo (HAJC) tem de ser revertido.

Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, os social-democratas consideram que “não é aceitável pretender-se fazer crer que a Consulta Aberta continua a funcionar no Centro de Saúde quando, na verdade, como bem o denunciou a autarquia de Cantanhede, só há atendimento por marcação aos fins de semana e feriados, das 10.00 horas às 18.00 horas, em qualquer caso, sem os serviços de análises clínicas e de eletrocardiografia, absolutamente indispensáveis para o diagnóstico em situações agudas”.

Assim, os deputados do PSD defendem ser necessário “reverter o encerramento da Consulta Aberta no HAJC, mas também valorizar as condições de prestação de cuidados de saúde naquele hospital e melhorar a acessibilidade aos mesmos por parte dos utentes do SNS, assim como reforçar as condições de funcionamento dos serviços de medicina de reabilitação na região de saúde do Centro”.

No documento, o PSD relembra que “a Consulta Aberta foi instituída por um Governo do Partido Socialista, em 2007, como contrapartida pelo encerramento do então Serviço de Urgência do HAJC” e que esse Executivo “se comprometera com a existência e manutenção de uma resposta minimamente satisfatória para atendimento das situações de enfermidade urgentes e emergentes, o que manifestamente deixou de suceder naquela unidade hospitalar do SNS”.

O PSD questiona:

  1. Tem o Governo conhecimento da decisão de encerramento da Consulta Aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo?
  2. Concorda o Governo com essa decisão violadora do acordo celebrado entre o Ministério da Saúde, a Administração Regional de Saúde do Centro, I.P., e a autarquia de Cantanhede?
  3. Vai o Governo reverter a decisão de encerramento da Consulta Aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo e, nesse caso, a partir de que data?
  4. Que reforços de profissionais, especialmente de pessoal médico e de enfermagem, estão ou vão ser previstos para o Hospital do Arcebispo João Crisóstomo, bem como para as Unidades de Saúde Familiar e Extensões de Saúde do Baixo Mondego e do Baixo Vouga?
  5. Que mecanismos de referenciação de doentes vão ser criados com vista a optimizar a ocupação de camas de cuidados continuados e paliativos?
  6. Que medidas de rentabilização das valências e dos recursos do Centro de Medicina de Reabilitação da região de saúde do Centro – Rovisco Pais, estão previstas, especialmente ao nível da reabilitação geral em lesões vertebro-medulares e doenças do foro neurológico?