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Os parceiros sociais açorianos ligados ao turismo manifestaram “concordância” com a proposta do PSD/Açores de criação de uma tarifa aérea única regional de 60 euros para residentes, revelou José Manuel Bolieiro.
O candidato a Presidente do governo regional dos Açores, que almoçou esta terça-feira, na Ribeira Grande, na Associação Agrícola de São Miguel, com os parceiros do turismo, declarou que a sua proposta visa que no transporte aéreo inter-ilhas se possa “cumprir, na íntegra, o princípio da integridade territorial”, onde “a “ideia Açores não excluiu nenhuma ilha” e o fator distância “não é justificativa da diferença de preço”.
José Manuel Bolieiro referiu que, “com uma tarifa única de 60 euros, o passageiro residente escolherá a ilha de destino com base no seu interesse e não no preço”, referindo que “este é o mesmo princípio consagrado nas ligações entre os Açores e o continente”, em que é aplicado um sistema de reembolso, para os residentes no arquipélago, da diferença do bilhete comprado e o valor máximo de 134 euros, por viagem de ida e volta.
“Esta proposta mereceu, para minha satisfação, a concordância destes parceiros, que acham – deixando bem clara esta posição – que a aposta vai para uma solução que desonere custos em vez da subsidiação”, declarou o presidente social-democrata dos Açores.
José Manuel Bolieiro considera que há suporte financeiro não apenas para o período da pandemia da covid-19 mas para, ao abrigo de uma reforma das obrigações de serviço público de transporte aéreo inter-ilhas, haver um modelo “capaz de gerar retorno económico”.
O líder do PSD/Açores lamentou ainda o “atraso registado” na elaboração do caderno de encargos para a revisão das obrigações de serviço público de transporte aéreo inter-ilhas, que “todos os parceiros consideram indesculpável”.
José Manuel Bolieiro referiu que a proposta apresentada pelo Governo dos Açores, e que prevê a atribuição de apoios aos açorianos que pretendam passar férias noutras ilhas que não a de residência, gerou “criticas por ser excessivamente burocrática e pouco estimulante para uma procura adequada”, achando os parceiros que “vai haver uma baixa procura com esta solução”.
Para o Presidente social-democrata regional, a proposta do executivo açoriano “é mais restritiva” e a do PSD “muito mais libertadora e, provavelmente, com maior adesão das pessoas”.
Além de Jorge Rita, presidente da Associação Agrícola de São Miguel, e de Mário Fortuna, líder da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, estiveram presentes o delegado nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal, Fernando Neves, o delegado da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Rui Anjos, a delegada nos Açores da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Ana Cymbron, e um representante da Associação de Turismo dos Açores, entre outros.