Rui Rio: “sem a recuperação das empresas, não conseguimos resolver os problemas sociais”

26 de maio de 2020
PSD

No final de uma reunião de duas horas e meia com o Primeiro-Ministro, em São Bento, esta terça-feira, o Presidente do PSD alertou que Portugal enfrenta um “problema de procura externa” grave, que poderá cair 14% este ano. Rui Rio considera que a recuperação das empresas é determinante para resolver os problemas de dimensão social. “Estamos preocupados com os problemas de ordem social que o país está a atravessar. Em termos de retoma económica, as empresas são a prioridade; na vertente social são as pessoas, e nesse enquadramento, o fomento das exportações e do investimento é absolutamente essencial. Sem a recuperação das empresas, nós não conseguimos resolver os problemas sociais”, sublinhou.

Rui Rio anunciou que o PSD irá apresentar durante esta semana contributos para a área social e, na próxima semana, revelou, o PSD irá divulgar um conjunto de propostas de retoma económica, que irá incluir medidas destinadas à recapitalização das empresas.

Ainda em termos de evolução macroeconómica, Rui Rio antevê uma queda do PIB de pelo menos 7%, o que “vai exigir um nível de financiamento das necessidades dos Estado na ordem dos 13 mil milhões de euros”.

Rui Rio admite que o PSD possa viabilizar o Orçamento suplementar que está a ser preparado pelo Governo, desde que o documento traduza o esforço financeiro que está a ser feito nesta altura de combate à pandemia de covid-19. “Se o Orçamento suplementar for a correção do Orçamento do Estado em vigor para adaptar tudo aquilo que for e vai ser necessário fazer em matéria de combate à ciovid-19, contarão com o apoio do PSD”, disse.

Comentando o plano de retoma das operações da TAP, que prevê poucos voos a partir do Porto, Rui Rio reafirma que “uma empresa regional não pode ter os apoios que tem uma empresa que é estrategicamente importante para o país como um todo”. “Se é assim, como a TAP diz, então não estamos perante uma empresa nacional, mas perante uma empresa de ordem regional, confinada mais ou menos à antiga província da Estremadura, a grande Lisboa. Uma empresa que não responde aos aeroportos de Faro, do Funchal, de Ponta Delgada e do Porto como deve ser, então não é uma empresa nacional, mas, sim, regional”, salientou.