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Manuela Ferreira foi ao Conselho Nacional manifestar apoio ao recandidato a Primeiro-Ministro pela AD. “O PSD nunca poderia alinhar em nenhuma decisão que não fosse a recondução de Luís Montenegro”, referiu.
Manuela Ferreira Leite disse que as calúnias que têm sido levantadas, em especial por parte do PS, sobre a vida patrimonial e pessoal de Montenegro “põem em causa os princípios” do maior partido da oposição. “Não acredito que o dr. Mário Soares ou o dr. Jorge Sampaio fizessem uma campanha na base do lançamento de lama. Nunca vi nada tão baixo na política portuguesa como aquilo a que assisto neste momento”, frisou.
A ex-Presidente do PSD alertou, em terceiro lugar, que certo tipo de ataques políticos afastará os melhores da política e do serviço público e declarou que ela própria não aceitaria desempenhar cargos como os que ocupou no atual contexto.
“Isto é o caminho certo para a ditadura, é o contrário da democracia”, alertou.
Por sua vez, José Pedro Aguiar-Branco acusou o secretário-geral do PS de ter feito "pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos".
José Pedro Aguiar-Branco considerou estranho que um deputado possa definir o que é um valor justo para serviços prestados por uma empresa, que "um líder de um partido fundador da democracia" possa dizer o que se pode ou não fazer fora da política ou que um deputado se possa "substituir à Polícia Judiciária ou ao Ministério Público, para perseguir outros deputados, ministros ou primeiros-ministros".
E defendeu que foi aberta uma "porta perigosa" quando se começaram a utilizar as comissões parlamentares de inquérito para "atacar pessoas" e "para efeitos de devassa e voyeurismo".
Aguiar-Branco referiu-se, em particular, à comissão de inquérito imposta pelo Chega sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, dizendo se quis colocar "o Presidente da República a responder pelos filhos", e agora, no caso em que atiram para a lama o Primeiro-Ministro, ao ponto de se pretender "pôr os filhos a responder pelo pai".
“O Chega inventou a técnica, o PS institucionalizou. Pedro Nuno Santos fez pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos", destacou.