Manuela Ferreira Leite: "Não acredito que Mário Soares ou Jorge Sampaio fizessem uma campanha na base do lançamento de lama"

14 de março de 2025
PSD conselho nacional portugal

Manuela Ferreira foi ao Conselho Nacional manifestar apoio ao recandidato a Primeiro-Ministro pela AD. “O PSD nunca poderia alinhar em nenhuma decisão que não fosse a recondução de Luís Montenegro”, referiu.
Manuela Ferreira Leite disse que as calúnias que têm sido levantadas, em especial por parte do PS, sobre a vida patrimonial e pessoal de Montenegro “põem em causa os princípios” do maior partido da oposição. “Não acredito que o dr. Mário Soares ou o dr. Jorge Sampaio fizessem uma campanha na base do lançamento de lama. Nunca vi nada tão baixo na política portuguesa como aquilo a que assisto neste momento”, frisou.
A ex-Presidente do PSD alertou, em terceiro lugar, que certo tipo de ataques políticos afastará os melhores da política e do serviço público e declarou que ela própria não aceitaria desempenhar cargos como os que ocupou no atual contexto.
“Isto é o caminho certo para a ditadura, é o contrário da democracia”, alertou.
Por sua vez, José Pedro Aguiar-Branco acusou o secretário-geral do PS de ter feito "pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos". 
José Pedro Aguiar-Branco considerou estranho que um deputado possa definir o que é um valor justo para serviços prestados por uma empresa, que "um líder de um partido fundador da democracia" possa dizer o que se pode ou não fazer fora da política ou que um deputado se possa "substituir à Polícia Judiciária ou ao Ministério Público, para perseguir outros deputados, ministros ou primeiros-ministros".
E defendeu que foi aberta uma "porta perigosa" quando se começaram a utilizar as comissões parlamentares de inquérito para "atacar pessoas" e "para efeitos de devassa e voyeurismo".
Aguiar-Branco referiu-se, em particular, à comissão de inquérito imposta pelo Chega sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, dizendo se quis colocar "o Presidente da República a responder pelos filhos", e agora, no caso em que atiram para a lama o Primeiro-Ministro, ao ponto de se pretender "pôr os filhos a responder pelo pai".
“O Chega inventou a técnica, o PS institucionalizou. Pedro Nuno Santos fez pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos", destacou.